quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CONHEÇA OS TRECHOS MAIS PERIGOSOS DE RODOVIAS FEDERAIS

BR na saída de Belém, no Pará, lidera a lista.

Motoristas podem não saber o que esperar após a próxima curva, mas podem redobrar os cuidados em lugares já carimbados pela insegurança e pelo grande número de acidentes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez um levantamento com base em dados de 2011 e listou os dez trechos mais perigosos em rodovias federais. O índice é fornecido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e classifica conforme o nível de lesão dos envolvidos. Os trechos são definidos em intervalos de 10 km. Confira abaixo.

Pará

Na ponta da lista, o trecho mais perigoso é o início da BR 116, de Belém (km 0) à barreira da PRF em Ananindeua (km 9,9), no Pará. Em 2011, foram 2.069 acidentes, 26 deles com mortes. A inspetora Marisol Mota, da PRF do Pará, aponta que há deficiências no desenho da rodovia, além de problemas estruturais. "Há só uma passarela, que não é utilizada, e as faixas de pedestre não são bem sinalizadas", explica. Só o fechamento de uma rotatória localizada no km 0, segundo a PRF, evitou inúmeros acidentes. A inspetora ainda ressalta a alternância no número de faixas e a falta de recuos para que os veículos possam reduzir ou acelerar ao acessar uma passagem de nível. Neste ano, o Ministério Público Federal abriu processo administrativo, cobrando explicações e ações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit).

Santa Catarina

A BR 101 em Santa Catarina figura duas vezes na lista. Em 2º lugar, o trecho entre o limite de Biguaçú e São José (km 200) e a área industrial de São José (km 210). Em 8º lugar está o trecho seguinte, da área industrial até as proximidades da praça de pedágio em Palhoça (km 220). O inspetor Fábio Santos, da PRF de Santa Catarina, informa que o perigo nesses pontos está, principalmente, na negligência dos pedestres que cruzam a rodovia, bem como de pessoas que passaram a morar próximo à estrada. "Poderíamos tentar criar uma via mais segura, isolando as faixas pelo acesso de pedestres e outras reestruturações. Entretanto, sem que as pessoas mudem o comportamento, infelizmente veremos estes dados por algum tempo", avalia.

Espírito Santo

O trecho entre os quilômetros zero e 9,9 da BR 262 ocupa o 3º lugar entre os mais perigosos. No 4º lugar, aparece o trecho entre os quilômetros 260 a 260,9 da BR 101. Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Espírito Santo, os dois estão localizados no perímetro urbano da Grande Vitória e são vias com fluxo intenso de veículos, travessia de pedestres e muitos cruzamentos com semáforos. Os principais acidentes registrados nessas vias, informa a PRF, são colisões traseiras, atropelamentos e colisões transversais.

São Paulo

A BR 116 entre os quilômetros 220 de 229,9, na região metropolitana de São Paulo, registrou 949 acidentes, 18 deles com mortes. Outros 293 acidentes deixaram feridos. O trecho aparece em 5º lugar.

Minas Gerais

A BR 381 em Minas Gerais também aparece na lista com dois trechos entre os municípios de Contagem e Betim, duas das cinco maiores cidades do estado e integrantes da região metropolitana de Belo Horizonte. No 6º lugar está o trecho entre os quilômetros 480 a 489,9, enquanto o intervalo entre os quilômetros 490 e 499,9 figura em 10º lugar. A PRF de Minas Gerais explica que o trecho concentra grande número de empresas, além de comércios e residências, mas ressalta que os acidentes geralmente resultam apenas em danos materiais. "O fluxo de automóveis e veículos de carga é intenso, em virtude do deslocamento de cargas, matérias-primas para as indústrias e profissionais que vão para seu local de trabalho", informa. O trecho ainda é utilizado como opção de acesso a São Paulo.

Ceará

Os trechos iniciais da BR 222 e da BR 116 estão em 7º e 9º lugar, respectivamente. Do km 0 até o km 10 em ambas as rodovias, há grande número de acidentes com feridos e mortos - no trecho da BR 116, foram 28 vítimas fatais em 2011. A velocidade máxima permitida, segundo a PRF do Ceará, é 80 km/h, com redutores limitados a 60 km/h em alguns pontos. As vias de trânsito rápido, o aumento populacional na região e a falta de estrutura para o fluxo de pedestres são fatores que, combinados, aumentam as chances de atropelamentos.

Ranking

1º PA - BR 116 0 a 9.9 km
2º SC - BR 101 200 a 209.9 km
3º ES - BR 262 0 a 9.9 km
4º ES - BR 101 260 a 269.9 km
5º SP - BR 116 220 a 229.9 km
6º MG - BR 381 480 a 489.9 km
7º CE - BR 222 0 a 9.9 km
8º SC - BR 101 210 a 219.9 km
9º CE - BR 116 0 a 9.9 km
10º MG - BR 381 490 a 499.9 km

Fonte: Cartola/Terra