segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CARGA INDIVISÍVEL: CURSO OBRIGATÓRIO AINDA NÃO É OFERTADO EM TODO O PAÍS

A obrigatoriedade de fazer a capacitação começa em abril, mas, no Rio de Janeiro, por exemplo, não há onde fazer.

Em abril de 2014, segundo a resolução 455, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), passa a ser obrigatório o curso de especialização para os condutores de veículos de carga indivisível. A descrição do curso, de 50 horas, está numa outra resolução do órgão, a 285. O problema é que o treinamento tem de ser feito no Estado onde o motorista tem sua carteira de habilitação (CNH) registrada. E não é em todo Estado que existe instituição homologada para oferecer o curso.

O diretor da Transmagno Transportes Rodoviários, de Macaé (RJ),  Paulo Paranhos, afirma que a empresa está atenta à exigência do curso, mas não há instituição que o esteja disponibilizando no Rio. Ele precisa treinar 300 motoristas. “Estamos em contato com diversas instituições credenciadas junto ao Detran-RJ para contratar turmas fechadas para nossos motoristas, mas não existe nenhum curso homologado no Estado”, afirma. Para ele, o Contran terá de adiar o prazo.

Paranhos teme que o não cumprimento da exigência, prevista inicialmente na resolução 168, possa prejudicar seus negócios. “Desenvolvemos nossas atividades atendendo todas as exigências legais e somos auditados em todos os quesitos por nossos clientes. O não cumprimento de qualquer item legal com certeza poderá prejudicar nossa empresa, que pode até ser desqualificada em um processo licitatório”, aponta.

De acordo com a assessoria de imprensa, o Detran fluminense vem se preparando para a homologação do curso especializado para transportadores de cargas indivisíveis. “O Detran está  editando uma nova portaria que prevê o credenciamento do Sistema S (Sest/Senat) para o ministrar o curso”, diz a assessoria, por e-mail. No entanto, não foi informado o prazo para isso.

Com uma carga horária de 50 horas, o curso de atualização em cargas indivisíveis só pode ser realizado no Estado onde a carteira de habilitação (CNH) do motorista está registrada. De acordo com a Assessora Técnica da Coordenadoria de Qualificação Humana no Trânsito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Rita Cunha, a resolução possibilita que ele seja realizado a distância.

No entanto, no Estado de São Paulo, segundo a assessoria de imprensa do Detran-SP, a modalidade a distância não é ofertada. O curso, segundo o Detran paulista, é oferecido em 25 unidades da rede Sest/Senat, no interior e na Capital. “Além de outras unidades do Sest/Senat, qualquer instituição de ensino de trânsito que atenda aos requisitos estabelecidos pelo Contran poderá se credenciar para ofertar o curso no Estado”, informa o Detran-SP.

No Paraná, segundo o coordenador de Habilitação do Detran-PR, Larson Orlando, também não há instituições que ofereçam o curso na modalidade de ensino a distância.  Orlando observa que o curso é ofertado pelas unidades do Sest/Senat  e por outras sete empresas credenciadas pelo órgão paranaense. No Estado do Espírito Santo, também não há oferta do curso a distância. Segundo o Diretor-Geral do Detran-ES, Carlos Lopes, Os motoristas capixabas podem fazer o curso em 22 instituições credenciadas pelo Detran,  entre unidades do Sest/Senat, Senai e entidades particulares, no interior do Estado e na capital, Vitória.

A Revista Carga Pesada tentou ouvir a Polícia Rodoviária Federal, na sua sede em Brasília, para saber como será feita a fiscalização a partir de abril. No entanto, após várias tentativas, por telefone e por e-mail, a reportagem não obteve respostas.


Fonte: Carga Pesada

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

FOTON ATRAI MAIS DE 150 FORNECEDORES À FÁBRICA NO RS

Reunião com possíveis parceiros superou expectativa e terá segunda edição em janeiro.

Cerca de 150 empresas instaladas no Rio Grande do Sul compareceram, na segunda-feira, 25, ao primeiro encontro de negócios com a montadora chinesa Foton, que em agosto anunciou a instalação de uma fábrica de caminhões em Guaíba com investimento aproximado de R$ 250 milhões. 

O evento promovido pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), sede da rodada de negócios, e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) levou a empresa a anunciar um novo encontro para janeiro. 

Na abertura, o secretário adjunto de desenvolvimento e promoção do investimento, César Rech, revelou que até o fim da semana o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) deve confirmar o enquadramento da Foton no Inovar-Auto, programa de incentivo federal à indústria automotiva. 

“O enquadramento significará o início efetivo do processo de instalação da montadora no Estado”, afirmou Rech, ressaltando que a atração da empresa chinesa se soma aos resultados da política industrial criada pelo governo estadual, que tem o setor automotivo entre os 23 considerados estratégicos. O secretário adjunto destacou ainda que o governo encaminhou à assembleia legislativa o projeto de lei que cria o regime automotivo próprio para caminhões. 

O diretor executivo da Foton, Márcio Vita, revelou surpresa com o interesse despertado. “Não esperava tanta procura, até pelo pouco tempo de organização. O retorno foi tão grande que faremos uma nova rodada em janeiro, talvez mais focada em determinados segmentos”, anunciou. 

Neste primeiro encontro foram agendadas 100 reuniões, ante uma previsão inicial de 75. Mesmo empresas não incluídas compareceram para fazer cadastro com a montadora, interessadas em contatos futuros. Conforme Vita, a Foton quer aproveitar o potencial dos fornecedores e da mão de obra gaúchos, um dos fatores que levaram a empresa chinesa a optar pelo Estado. 

Para tanto, abrirá semana que vem um escritório em Porto Alegre. Além disso, o gerente de engenharia e desenvolvimento da montadora, Leandro Lucki Gedanken, ficará no Rio Grande do Sul esta semana, em visitas a fabricantes de autopeças de Caxias do Sul. A procura por inscrições surpreendeu também a gerente da Indústria do Sebrae/RS, Danyela Pires. “As rodadas sempre atraem muito interesse, mas desta vez foi demais.” Ela acredita que a oportunidade de negócios tenha ficado clara por se tratar de um setor em que o Estado já tem know how. 

O coordenador da gerência técnica da Fiergs, Paulo Dias, ressaltou a importância do evento para a entidade, uma vez que aproxima a indústria local de uma empresa internacional. A Foton importará inicialmente cerca de 3 mil caminhões, conforme cota do Inovar-Auto. A partir de 2015 iniciará a produção de caminhões em Guaíba. Os modelos fabricados no Estado terão de 3,5 até 24 toneladas. A capacidade produtiva será de 21 mil unidades ao ano. 

Após 2018, o projeto prevê a instalação de fornecedores e ampliação da capacidade para 50 mil veículos anuais. A planta atenderá o mercado local e exportações para a América do Sul, África e vai gerar 300 empregos.


Fonte: Automotive Business

terça-feira, 5 de novembro de 2013

FABRICANTES DE PNEUS DE CARGA INVESTEM R$ 1 BI POR ANO NO BRASIL

Anip assegura que indústria nacional é autossuficiente; produção cresceu 11,5%.

“Os fabricantes de pneumáticos têm trabalhado a todo vapor para atender a alta demanda por pneus de carga no Brasil. Isso tem sido possível porque desde 2007 as empresas investem R$ 1 bilhão por ano no País para aumentar a capacidade produtiva e modernizar equipamentos.” Foi com esta explicação que Alberto Mayer, presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a Anip, iniciou conversa com Automotive Business, para não deixar dúvidas de que a indústria nacional ganhou capacidade suficiente para atender tanto o mercado de reposição quanto às montadoras instaladas no Brasil. 

Segundo o executivo, a produção de pneus para caminhões e ônibus cresceu 11,5% de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, para 6,1 milhões de unidades. Foi motivada pelo avanço da safra agrícola, que impulsionou a retomada do setor de caminhões (a produção de veículos novos avançou 50,9% no período, segundo a Anfavea, associação nacional dos fabricantes) e também o consumo de pneus pelas montadoras e aftermarket. 

As vendas no mercado interno acompanharam a evolução, com alta de 16,2% de janeiro a setembro deste ano, para 6,5 milhões de pneus de carga, o que representa 1 milhão a mais do que no ano passado. Deste total, 43% foram consumidos pelas montadoras. 

Mas as importações aumentaram ainda mais no período: 18,6%, para 1,8 milhão de pneus, vindos principalmente do Japão e países da América do Sul. Mayer salienta que essa alta não está relacionada à falta de capacidade produtiva interna, mas ao fato de que os produtos brasileiros não têm preços competitivos. 

“A indústria nacional de maneira geral tende arcar com altos custos de impostos, matéria-prima, mão de obra e ainda com falta de infraestrutura. O pneu brasileiro é de qualidade internacionalmente reconhecida, mas muitas vezes os fabricantes do exterior levam vantagem por terem menor custo de produção. Com menor preço, vendem mais, principalmente no mercado de reposição.” 

Outra prova da falta de competitividade é que as exportações de pneus de carga continuam a cair. Tiveram uma retração de 14,2% nos primeiros nove meses do ano em relação ao ano passado, segundo o executivo. “O declínio das exportações e a balança comercial negativa só poderão ser revertidos com medidas que ampliem a competitividade nacional, a partir da redução de custos”, afirma. 

NOVO FABRICANTE 

Atualmente, o maior importador de pneus de cargas para o Brasil é o Grupo Sumitomo Rubber Industries, dono da marca Dunlop, que desde o início de outubro produz somente pneus para carros de passeio, SUVs e vans em sua primeira fábrica nas Américas, recém-inaugurada em Fazenda Rio Grande (PR). 

O Grupo Sumitomo, hoje o quinto maior produtor de pneus do mundo, vendeu em 2011 no Brasil 270 mil pneus de carga importados do Japão. Este ano, já importou mais de 400 mil deles para fornecer ao mercado de reposição. 

A boa notícia é que o grupo japonês irá produzir na planta paranaense pneus para veículos pesados em 2016 com investimento de R$ 500 milhões. Serão feitos no primeiro ano 350 deles por dia, segundo Renato Baroli, gerente comercial e de marketing da Dunlop. 

“Com a produção nacional da Dunlop, o volume de importações vai cair consideravelmente”, afirma Mayer. De acordo com o executivo, dos dez fabricantes de pneus instalados no País, seis produzem os componentes para caminhões e ônibus. 

EXPECTATIVAS PARA 2014 

O presidente da Anip prevê que o setor de pesados manterá em 2014 o mesmo desempenho ou pouco acima do que tem sido observado este ano. “Não há nada no cenário que mostre que a indústria de pneumáticos terá retração ou grande avanço. A tendência é de estabilidade ou, na melhor das hipóteses, de pouco crescimento”, conclui.


Fonte: Automotive Business

SCANIA VENDE AS PRIMEIRAS UNIDADES DO STREAMLINE NA FENATRAN

Rapidão Fortaleza compra seis unidades do R 400 6x2 para atuar em quatro estados; a economia superior de combustível foi o fator mandatório para a escolha da empresa.

A Scania já vendeu as primeiras unidades do Streamline, um novo conceito de solução em transportes em que produtos e serviços são oferecidos juntos, apresentado pela marca no 19° Salão Internacional do Transporte, que será realizado até o dia 1° de novembro, em São Paulo. A Rapidão Fortaleza, do Grupo Itaqua, comprou seis unidades do R 400 6x2 para o transporte de diversos tipos de cargas como roupas, perfumes e borracha.

"O Streamline representa uma busca da melhoria contínua, um conceito Scania de evolução de produtos. O Streamline cria uma nova era de rentabilidade no mercado", afirma Victor Carvalho, gerente executivo de Vendas de Caminhões da Scania do Brasil. "A procura pelo Streamline na Fenatran está intensa. Parabéns à Rapidão Fortaleza por ter sido a primeira transportadora a efetivar uma compra na feira."

O Streamline apresenta ao mercado um pioneiro conceito que oferece uma economia superior de combustível de até 15% em relação aos modelos Euro 3, também levando em conta o uso de defletores de ar, e de até 4% em comparação à linha Euro 5.

"A Scania tem os melhores caminhões do mercado e escolhi o Streamline principalmente pela economia de combustível. Além disso, meus motoristas preferem Scania", afirma Vitor Artur Pires, proprietário da Rapidão Fortaleza. "Comprei um produto de cada cor e até um rosa para homenagear a minha filha. A customização de produtos é outro diferencial da Scania."

A nova frota adquirida pela Rapidão Fortaleza vai atuar em Belém, Amapá, São Paulo e Rio de Janeiro. A empresa possui em carteira quase 4 mil clientes.


Fonte: Assessoria de Imprensa Scania

VOLVO LANÇA NA FENATRAN O FH16 750, O CAMINHÃO MAIS POTENTE DO MUNDO

A Volvo está lançando no Brasil o caminhão mais potente do mundo. O FH16 com 750cv está sendo apresentado no estande da marca na Fenatran 2013, a mais importante feira de transporte comercial da América Latina.

O caminhão faz parte da nova linha FH lançada recentemente na Europa. O FH16 é indicado para operações em que se exige grande performance do veículo, principalmente para o transporte de cargas indivisíveis.

"Estamos trazendo da Europa o mais potente e mais avançado caminhão neste segmento para atender uma demanda do mercado brasileiro de transportes", declara Roger Alm, presidente do Grupo Volvo América Latina. Esta versão do FH16 750cv é indicada para cargas pesadas, e é capaz de tracionar 200 toneladas de PBTC (Peso Bruto Total Combinado).

"É um caminhão excepcional, com muita potência e torque, direcionado para atender os transportadores que precisam de um caminhão com extrema capacidade de carga", diz Bernardo Fedalto, diretor de caminhões Volvo. Com a expansão econômica brasileira e o início de construção de grandes obras por todas as regiões do País nos últimos anos, o mercado local cada vez mais necessita de veículos com mais força e torque, durabilidade e produtividade.

O FH16, na configuração cavalo mecânico 8x4, é equipado com o consagrado D16G, um motor de 16 litros, 750cv de potência e que alcança um torque de 3550Nm. "É uma invejável configuração, para atender com folga as rigorosas exigências dos transportadores que têm veículos especializados no carregamento de cargas indivisíveis, por exemplo", afirma Álvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo no Brasil.

O motor de 750cv entrega 2800Nm de torque já a 900 rpm. Depois disso, a curva de torque sobe rapidamente e atinge seu pico de 3550 Nm a 1050 rpm, e este elevado torque continua na faixa plana até 1400 rpm. "Isto possibilita manter velocidades médias mais altas, mesmo nas subidas e inclinações mais íngremes, garantindo maior produtividade do transporte", diz o gerente.

Quanto mais potência houver à disposição a baixas rotações no início do transporte de cargas pesadas, menor o esforço colocado sobre o motor e mais alta a eficiência em combustível. "Grande potência, alta tecnologia e um design inovador. Nos atrevemos dizer que este é o caminhão dos sonhos de todo transportador. Ele é único", destaca o diretor de caminhões da Volvo.

Exclusividade

A cabine do FH16 traz o novo design da nova linha FH lançada recentemente na Europa, com detalhes únicos e exclusivos. Grade frontal e maçanetas cromadas, bancos com ajustes elétricos forrados em couro e teto solar são alguns dos itens de série neste veículo. Veja abaixo outros itens que tornam o FH16 750cv especial e único:

-          Novo design da cabine
-          Novo painel
-          Câmera auxiliar de ré/manobras
-          Teto solar (sky window)
-          Freios EBS
-          Freios VEB + Retarder, alcançando 1180cv de potência
-          Faróis de xenônio
-          Suspensão de traseira eletrônica ECS
-          Geladeira
-          Maior espaço interno
-          Lanternas traseiras de LED
-          Cor exclusiva perolizada (preto FH16, mystic fjord pearl)

Máximo desempenho

"Com o Volvo FH 750cv podemos oferecer um caminhão com o máximo em desempenho e eficiência em combustível", complementa Alexander Boni, gerente de caminhões da linha F. O motor é otimizado para proporcionar alta potência e torque e a consagrada caixa de câmbio eletrônica I-Shift é de série. O caminhão vem equipado também com a direção elétrica VDS (Volvo Dynamic Steering), servo-assistida hidraulicamente. É a mais avançada tecnologia de direção existente em transporte comercial, que torna muito mais fácil dirigir um caminhão pesado, com todo o conforto e a segurança possíveis.

Fonte: Assessoria de Imprensa Volvo

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

MAIS UMA MONTADORA CHINESA PRETENDE SE INSTALAR NO BRASIL

Shiyan Yunlihong negocia com município de Camaquã/RS.

Representantes da montadora chinesa de caminhões Shiyan Yunlihong apresentaram na última semana um projeto de instalação de uma fábrica no município de Camaquã/RS. A unidade localizada em uma área de 22 hectares às margens da BR-116 será composta de três prédios: um para produção dos chassis, outro para carrocerias e um terceiro que abrigará o setor de testes dos equipamentos e veículos produzidos.

O investimento previsto da Shiyan Yunlihong é de cerca de R$ 230 milhões. Para que a fábrica saia do papel, no entanto, é necessário adequar o trabalho elaborado na China aos padrões nacionais.

"Precisamos realizar as mudanças necessárias para adequar o projeto às leis e certificações brasileiras, passando assim ao processo de licenciamento em âmbito municipal e estadual", afirmou Guilherme Roehe, gerente de vendas da empresa para o Brasil.


Fonte: Zero Hora

IVECO REALIZA HI-DAY EM MAIS DE 50 CONCESSIONÁRIAS DE TODO O BRASIL, EM AÇÃO QUE ALCANÇA CERCA DE 10 MIL PESSOAS

Poucos meses após o lançamento oficial do extrapesado Premium Iveco Hi-Way, a montadora aposta em mais uma ação especial de relacionamento com seus clientes. Durante todo o mês de outubro, mais de 50 concessionárias do Brasil realizam o ?Hi-Day?, marcando o lançamento regional do veículo em todas as regiões do País. A expectativa é de que mais de 10 mil pessoas sejam alcançadas com a iniciativa, envolvendo os principais Estados e mercados do transporte brasileiro.

A iniciativa busca aproximar a Iveco dos seus potenciais clientes, oferecendo-lhes a oportunidade de conferir todos os atributos que fazem do Hi-Way uma verdadeira referência em design, conforto, espaço interno, ergonomia, tecnologia, segurança, desempenho e baixos custos operacionais.

"O evento é o momento ideal para os clientes conhecerem de perto o Hi-Way. Esse veículo foi eleito o Caminhão Internacional do Ano 2013, chegando ao mercado brasileiro de forma quase simultânea ao lançamento na Europa. É mais uma prova de que a Iveco traz para o Brasil tudo o que tem de mais moderno mundialmente. Nossa ideia é colocar os clientes em contato direto com esse veículo, para que possam ver toda a sua tecnologia, sentir a qualidade do acabamento e entender o porquê de dizermos que o Hi-Way inaugura um novo patamar mundial para o transporte rodoviário", afirma Christian Gonzalez, diretor de Marketing da Iveco.

Clientes de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Maranhão já puderam conferir as qualidades do Hi-Way e o evento ainda será realizado em diversas regiões brasileiras. Em Chapecó (SC), haverá test-drive no dia 25 de outubro. Durante todos os eventos, os interessados em adquirir o extrapesado poderão contatar a equipe de vendas das concessionárias e conhecer as modalidades de compras disponíveis.

Extrapesado Premium

Produzido no Complexo Industrial da Iveco em Sete Lagoas (MG), o Hi-Way estreia no segmento dos extrapesados Premium no País como o caminhão consagrado com o International Truck of the Year 2013, maior prêmio dedicado aos veículos comerciais na Europa concedido pela imprensa especializada. Um dos seus grandes diferenciais é a garantia estendida exclusiva de quatro anos - um para o veículo completo e mais três para o trem de força - a maior do mercado.

Projetado para percorrer, em média, 10 mil km por mês, o Iveco Hi-Way amplia as perspectivas de crescimento da participação da empresa no transporte de cargas em longas distâncias. O caminhão apresenta três faixas de potência: 440, 480 e o novo 560 cv, e está disponível em três versões de tração (4 x 2, 6 x 2 e 6 x4) e três entre-eixos: 3.500, 3.200 e 3.000.

Com tecnologia avançada, o Iveco Hi-Way oferece o Frota Fácil, uma ferramenta eficaz de gestão com acesso aos dados completos de telemetria do caminhão, performance, dados de viagem e as informações sobre sua condução. O Iveco Frota Fácil também pode ser usado para o rastreamento e conta com a exclusiva Função Bloqueio original de fábrica, proporcionando muito mais segurança para o transportador, possibilitando ainda descontos em fretes e em apólices de seguro junto às seguradoras, gerenciadoras de risco e embarcadores.


Fonte: Assessoria de Imprensa Iveco

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

RS DECRETA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA RECUPERAR 808 KM DE RODOVIAS

Meta é agilizar execução de projetos para resolver problemas das chuvas.

O governo do Rio Grande do Sul decretou situação de emergência para recuperar 64 trechos de 26 rodovias estaduais, num total de 808 km. A medida foi tomada devido a problemas estruturais, causados principalmente pelas fortes chuvas que atingiram a região nos últimos meses.

Com o decreto, assinado nesta quinta-feira (17/10), a expectativa é agilizar a liberação de recursos e a execução de projetos e de obras nestes pontos. Com base na Lei das Licitações (8.666/93), será possível a dispensa do processo licitatório de empresas especializadas.

Os locais que serão recuperados foram definidos por técnicos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Estão previstos reparos localizados, recuperação de pavimento, dos sistemas de drenagem e da sinalização, além de projetos e serviços de engenharia.

Conforme a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra), as rodovias que sofrerão as intervenções emergenciais serão divididas em três lotes, de acordo com a condição e o volume de tráfego. O início dos trabalhos será nos locais mais críticos e com maior risco, que são, ao todo, 388 km. Estes trechos devem ter as obras finalizadas em seis meses.


Fonte: Agência CNT de Notícias

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

PARA AUMENTAR CONCORRÊNCIA, ANTT QUER MUDAR SISTEMA DE PEDÁGIO ELETRÔNICO

Ideia é padronizar equipamentos e sistemas utilizados por empresas.

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) está propondo mudanças no sistema de pedágio eletrônico usado nas rodovias federais concedidas, para aumentar a concorrência no setor. Uma proposta de resolução que está em consulta pública estabelece a padronização dos equipamentos e sistemas utilizados na arrecadação eletrônica de pedágio nas rodovias federais sob concessão.

"Com isso, as chaves que habilitam a tecnologia serão de propriedade da ANTT, e ela vai poder credenciar outras empresas para trabalhar. Consequentemente, vai ter concorrência no mercado e o preço para o usuário vai baixar", explica o especialista em regulação da ANTT Marcelo Leismann.

Segundo ele, atualmente, existe apenas uma empresa que oferece o serviço de pedágio eletrônico nas rodovias federais concedidas, a Sem Parar/Via Fácil. No estado de São Paulo, uma resolução semelhante à proposta pela ANTT está em vigor há um ano e o resultado foi a abertura do mercado para mais empresas oferecerem o serviço de pedágio eletrônico. O novo serviço de pedágio pré-pago já está sendo oferecido no estado pelas novas empresas.

A resolução da ANTT vai valer apenas para as rodovias federais concedidas. Mas a expectativa é que as estradas estaduais concedidas à iniciativa privada também sigam o mesmo modelo futuramente. Atualmente todas as rodovias federais concedidas têm obrigação contratual de oferecer o serviço de pedágio eletrônico, que permite que os carros identificados passem sem parar na praça de pedágio, apenas reduzindo a velocidade para abertura da cancela.


Fonte: Brasil Econômico

F-TRUCK: BOESSIO VENCE E ASSUME VICE-LIDERANÇA DO BRASILEIRO

Uma das corridas com maior número de troca de posição dos últimos anos marcou neste domingo (13) a vitória de Régis Boessio na oitava etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. Único representante do Rio Grande do Sul na categoria, o piloto da ABF Desenvolvimento Team foi saudado com uma grande festa pelos mais de 40 mil torcedores gaúchos que acompanharam o Grande Prêmio Aurélio Batista Félix em Guaporé (RS).

Foi a segunda vitória de Boessio na categoria e na carreira – a primeira aconteceu na terceira etapa da atual temporada, em Caruaru (PE). O resultado permitiu-lhe saltar do sexto lugar para a vice-liderança do campeonato com 98 pontos, a 28 do líder pernambucano Beto Monteiro, da Scuderia Iveco, terceiro colocado na corrida deste domingo no Autódromo Internacional Dr. Nelson Luiz Barro – as duas etapas finais terão 64 pontos em disputa.

“Estou sem palavras, ganhar uma corrida da Truck em Guaporé, com a minha família e os meus amigos todos aqui, me apoiando, é algo indescritível. Só tenho a agradecer a todos os patrocinadores, a todos os que me apoiam”, declarou o gaúcho, emocionado. “A minha meta desde o início do ano é de ser um dos três primeiros no campeonato, eu precisava disso. Estava batendo na trave há tempo. Dedico a vitória à minha família”, acrescentou.

Quatro pilotos lideraram a corrida deste domingo em Guaporé. O pole-position Paulo Salustiano, até abandonar na sétima volta; Monteiro, da oitava à 11ª; o paulista Djalma Fogaça, da Ford Racing Trucks/72 Sports, da 11ª à 25ª; e Boessio, que assumiu a liderança com uma manobra diante dos milhares de espectadores acampados no trecho da curva do Radiador e levando a torcida a comemorar com o canto de guerra “ah!, eu sou gaúcho”.

O paulista Felipe Giaffone, da RM Competições/MAN Latin America, foi o segundo colocado. Monteiro terminou em terceiro e valeu-se dos problemas mecânicos do paranaense Leandro Totti, companheiro de equipe de Giaffone e vice-líder da temporada até então, para ampliar sua vantagem na pontuação. Fogaça, quarto colocado, e o também paulista André Marques, outro piloto da RM/MAN Latin America, quinto, completaram a formação do pódio.

Sete competidores mantêm chances matemáticas de conquista do título. Monteiro, que chegou a Guaporé com 14 pontos de vantagem, passa a ter 28 – chegou aos 126 pontos, contra 98 de Boessio. O brasiliense Geraldo Piquet, da ABF Santos Desenvolvimento, terminou a corrida em sétimo e foi a 98. A lista inclui ainda Totti, com 90, Giaffone, com 85, o paranaense Wellington Cirino, companheiro de equipe com Piquet, com 82, e Salustiano, com 78.

A CORRIDA

Na largada, o pole Paulo Salustiano manteve-se à frente, assumindo a linha interna da pista. Felipe Giaffone, terceiro no grid, emparelhou com Beto Monteiro – os dois contornaram quatro curvas lado a lado e, na curva do Túnel, chegaram a tocar seus caminhões. Na curva do Radiador, Leandro Totti, tentou superar Giaffone pelo lado externo da pista e escapou para a grama, voltando ao quinto lugar que ocupava no grid.

Valmir Benavides também saiu da pista e bateu na mureta de proteção. O incidente com Benavides, motivado por um toque na traseira de seu Iveco e que tirou-o da prova, determinou a primeira intervenção do Pace Truck no GP Aurélio Batista Félix. A relargada foi dada depois de três voltas, com Salustiano abrindo vantagem. O gaúcho Régis Boessio, quarto, tentou superar Giaffone, mas acabou perdendo posição para Totti.

Na mesma volta, Totti, precisando de reação no campeonato, assumiu a terceira posição, superando o companheiro de equipe Giaffone e aumentando sua pressão sobre Monteiro, seu adversário direto na luta pelo título. O piloto pernambucano da Scuderia Iveco, ao mesmo tempo em que diminuía a sua desvantagem em relação a Salustiano, via pelos retrovisores a aproximação de Totti, até então autor da volta mais rápida da etapa.

A quarta volta marcou a ultrapassagem de Djalma Fogaça sobre Boessio no duelo que, àquela altura, valia o quinto lugar – passou a ser o terceiro na sexta volta, já tendo estabelecido a volta mais rápida, quando Totti e Salustiano tiveram problemas e tomaram o caminho dos boxes. Totti enfrentou problemas com a mangueira do turbo e voltou, duas voltas depois; Salustiano teve de abandonar com a quebra do cardã de seu caminhão Mercedes-Benz.

Fogaça, na abertura da oitava, assumiu o segundo lugar após contornar a primeira sequência de curvas pelo lado de fora, lado a lado com Giaffone. A tentativa de tomar a liderança de Monteiro esbarrou na presença de Totti, que voltou dos boxes logo à sua frente. A intervenção programada do Pace Truck a um terço de prova permitiu a Totti, que também já havia superado Monteiro, reduzir sua desvantagem para uma volta.

Logo após a nova relargada, o goiano Rogério Castro abandonou com problemas no caminhão número 30 da ABF/Volvo. A abertura da 11ª volta foi marcada pela ultrapassagem sobre Monteiro que valeu a liderança a Fogaça. Boessio, também na 11ª volta, ultrapassou Giaffone e assumiu o terceiro lugar. O caminhão de André Marques, então em quinto lugar, trazia junto à grade de refrigeração um pedaço de carenagem de outro caminhão.

Com problemas mecânicos, Edu Piano abandonou a corrida na 13ª volta. A essa altura, Marques recebia forte pressão do italiano Alex Caffi, que buscava seu segundo pódio na temporada de estreia. Caffi e o goiano Leandro Reis abandonaram a etapa na 16ª volta. O Iveco de Caffi apresentou pane no sistema de turbina; o Scania de Reis apresentou falha na bomba de óleo e o piloto preferiu se retirar da disputa para evitar uma quebra.

Na abertura da 20ª volta, Boessio recebeu aplausos da torcida gaúcha ao se aproveitar da momentânea perda de trajetória de Monteiro, na entrada da reta dos boxes, para assumir a segunda posição. Giaffone, o quarto, também superou o piloto pernambucano. Fogaça liderava a corrida com vantagem de dois segundos e seis décimos, que caiu a menos de um segundo na 23ª volta – do primeiro ao quarto, a diferença era de três segundos.

Fogaça e Boessio completaram a 24ª volta a menos de dez minutos da bandeirada final com seus caminhões praticamente lado a lado, separados por menos de dois décimos de segundo. A ultrapassagem aconteceu na tomada da curva do Radiador. Fogaça voltou a perder posições na abertura da 27ª volta, quando saiu da pista na entrada da reta dos boxes e foi superado por Giaffone e Monteiro, estabelecendo-se na quarta posição.

A menos de cinco minutos do fim da corrida, Giaffone tentou emparelhar seu caminhão com o do líder Boessio, que abriu a última volta um segundo e meio à frente de Giaffone. Monteiro, Fogaça e Marques completaram a festa no pódio. Marques recebeu a bandeirada final menos de dois décimos de segundo à frente do paranaense Diogo Pachenki, o sexto. Depois de 31 voltas válidas, o resultado final do GP Aurélio Batista Félix em Guaporé foi o seguinte:

1º) Régis Boessio (RS/Mercedes-Benz), ABF Desenvolvimento Team, 1h00min07s459
2º) Felipe Giaffone (SP/MAN), RM Competições-MAN Latin America, a 1s369
3º) Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, a 2s622
4º) Djalma Fogaça (SP/Ford), 72 Sports/Ford Racing Trucks, a 3s149
5º) André Marques (SP/MAN), RM Competições-MAN Latin America, a 19s667
6º) Diogo Pachenki (PR/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 19s852
7º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF Santos, a 20s199
8º) Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF Santos, a 20s845
9º) Alberto Cattucci (SP/Volvo), ABF/Volvo, a 25s656
10º) João Marcos Maistro (PR/Volvo), Clay Truck Racing, a 34s351
11º) Débora Rodrigues (SP/MAN), RM Competições-MAN Latin America, a 42s655
12º) Jansen Bueno (PR/Volvo), DB Motorsport, a 1 volta
13º) Ronaldo Kastropil (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, a 1 volta
14º) Raijan Mascarello (MT/Ford), 72 Sports/Ford Racing Trucks, a 1 volta
15º) Roberval Andrade (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, a 1 volta
16º) Leandro Totti (PR/MAN), RM Competições-MAN Latin America, a 4 voltas
17º) Luiz Lopes (SP/Iveco), Lucar Motorsports, a 7 voltas

NÃO COMPLETARAM

Leandro Reis (GO/Scania), Original Reis Competições, a 15 voltas
Alex Caffi (ITA/Iveco), Dakarmotors, a 15 voltas
Edu Piano (SP/Ford), Território Motorsport, a 20 voltas
Rogério Castro (GO/Volvo), ABF/Volvo, a 22 voltas
Paulo Salustiano (SP/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 25 voltas
José Maria Reis (GO/Scania), Original Reis Competições, a 25 voltas
Valmir Benavides (SP/Iveco), Scuderia Iveco, a 31 voltas

DESCLASSIFICAÇÃO DESPORTIVA

Adalberto Jardim (SP/MAN), RM Competições-MAN Latin America, a 12 voltas
Melhor volta: Fogaça, na 5ª, 1min27s210, média de 127,141 km/h


Fonte: Fórmula Truck

BRASIL TEM CASOS RAROS DE AUTOPEÇAS NACIONAIS COMPETITIVAS

Iochpe e Sabó se destacam como multinacionais brasileiras com produtividade exemplar.

Em meio ao ambiente dominado por baixa produtividade e competitividade inexistente, chama a atenção o desempenho de alguns raros fornecedores brasileiros de autopeças que estão conseguindo resultados positivos e, mais surpreendente ainda, não só no mercado interno, mas também com suas fábricas instaladas no exterior. Sabó e Iochpe-Maxion são dois desses pontos fora da curva de baixa, que apresentaram suas receitas de sucesso no Painel de Competitividade realizado durante o 22º Congresso SAE, evento que reuniu representantes da engenharia automotiva até quarta-feira, 8, no Expo Center Norte, em São Paulo. 

Não por acaso, a receita do sucesso de ambas é bastante parecida, envolvendo principalmente investimento focado em tecnologia e qualidade de seus produtos, modernização e automação de fábricas, profissionalização da gestão com adoção de padrões de governança corporativa e internacionalização. “Se não fosse nossa estratégia de investir na melhoria contínua das operações, desenvolvimento de produtos com maior valor agregado e internacionalização de nossa presença, teríamos o mesmo fim de várias outras empresas do setor no Brasil, que nos anos 90 foram compradas por multinacionais”, avalia Lourenço Agnello Oricchio Jr., diretor geral da Sabó Américas e vice-presidente para os Estados Unidos. Ele cita, entre muitos outros casos, a Cofap, comprada pela Magneti Marelli, a Nakata, hoje pertencente à Dana, e Metal Leve, adquirida pela Mahle.

A Sabó, tradicional fornecedora de juntas de vedação fundada em 1945, fez justamente o contrário: não quis ser comprada e foi às compras. As exportações começaram em 1970 para a GM Opel na Alemanha e, desde então, o processo de internacionalização não parou mais. Hoje os produtos são vendidos em mais de 40 países e a empresa está presente em muitos dos centros de desenvolvimento das principais montadoras no mundo. 

A partir de 1992 começaram as aquisições no exterior, primeiro com a Todaro na Argentina. Depois, no ano seguinte, foi a vez da Kako na Alemanha – que deu origem às cinco fábricas hoje em operação na Europa, três na Alemanha, uma na Hungria e outra na Áustria. Em 2007 o grupo ergueu sua própria planta nos Estados Unidos e, em 2008, na China. A Sabó domina hoje 70% do mercado de fornecimento direto de retentores e juntas às montadoras no Brasil, tem 40% dos pedidos na Europa e de 2% a 3% na América do Norte. “Existe também grande potencial na China, onde ainda estamos começando”, acrescenta Oricchio. 

Apesar da operação aparentemente bem-sucedida, o executivo lembra que a Sabó também padece dos mesmos problemas enfrentados por outras fabricantes de autopeças no País. “Nossas fábricas no exterior são mais competitivas do que as duas instaladas no Brasil, porque aqui existe o problema de aumento salarial sem compensação de produtividade. Por isso estamos automatizando mais nossa unidade em Mogi Mirim. Já alcançamos 30% a 40% desse objetivo, com a instalação de linhas automáticas comandadas por um só operador que produzem 10 mil peças por dia. Sem isso não dá para ser competitivo”, diz. 

Ele também insiste no investimento constante em produtos inovadores, com maior valor agregado. Exemplo disso são vedações com redução de 30% de atrito, que melhoram a eficiência de elementos mecânicos dos motores, ou retentores desenvolvidos com nanotecnologia capaz de juntar elementos antagônicos como alumínio e borracha em uma só peça. Atualmente a Sabó investe no desenvolvimento de vedações por repelência, com superfícies tratadas com nanotecnologia inspirada na folha de lótus, que repele água e poeira. “Esse tipo de tecnologia poderá ser usado em superfícies pequenas de retentores ou mesmo cascos de barcos ou em aviões”, destaca Oricchio. 

A Sabó mantém convênios de pesquisa tecnológica com universidades no Brasil como USP, Unesp e Unicamp, e MIT nos Estados Unidos. Também tem parcerias de desenvolvimento com empresas como Pirelli, Eletrocell e Ballard. Com as duas últimas, desenvolve componentes de células de combustível, que geram energia para carros elétricos a partir da reação química do hidrogênio. 

FOCO NO CORE BUSINESS 

Após entrar em muitos negócios do setor automotivo nos anos 1980, na década seguinte o grupo Iochpe-Maxion decidiu centrar esforços nos negócios que a diretoria considerava dominar melhor. Foram vendidas as unidades de fabricação de máquinas agrícolas e motores, de maior complexidade industrial, para redirecionar os investimentos à metalurgia mais pura, na produção de componentes estruturais (como longarinas, chassis e carrocerias) e rodas. 

“Foi como descascar uma cebola, tirando camadas para focar em um só core business e negócios adjacentes, para usar da melhor forma nossos conhecimentos”, contou Dan Ioschpe, presidente do grupo. Também foi forte a internacionalização por meio de compras e associações no exterior. Após a aquisição de fábricas no Brasil, Europa, Estados Unidos e China, hoje a Iochpe-Maxion é a maior fabricante de rodas do mundo. 

“Focamos em produtos com crescimento orgânico. Mesmo que com avanço pequeno, nossos clientes estão sempre aumentando as compras ano a ano”, conta Ioschpe. “Traçamos o objetivo de duplicar o tamanho da companhia a cada cinco anos.” Mas foi bem mais rápido do que isso. O faturamento de R$ 1,16 bilhão em 2009 saltou para R$ 5,3 bilhões em 2012, em crescimento de nada menos que 357%. No primeiro semestre deste ano as vendas somam R$ 3 bilhões, contra R$ 2,5 bilhões no mesmo período do ano passado, anotando expansão de 20%. “Apesar de alguma desaceleração ais recentemente, entendemos que veremos mais do mesmo por muitos anos.” 

Hoje 40% das vendas do grupo são no Brasil e 60% no exterior, sendo 29% na Europa, 23% na América do Norte e 8% em outras regiões. “Provavelmente essa divisão continuará a mesma nos próximos anos, pois o crescimento é parecido nos mercados onde atuamos”, avalia o executivo. 

Ioschpe concorda que o meio ambiente brasileiro não é convidativo aos negócios, enumerando os obstáculos ao crescimento: matérias-primas com preço superior ao exterior, custos trabalhistas altos e em expansão, custo financeiro alto, câmbio apreciado e insegurança jurídica. Nesse sentido, ele avalia que o Inovar-Auto e a provável publicação do Inovar-Autopeças poderão ajudar a recuperar parte da competitividade perdida: “Sem isso será difícil atingir os objetivos desses programas”, diz.

REALIDADE DURA

“Infelizmente existem poucas Sabós e Iochpes no Brasil. A discussão de competitividade precisa começar já, principalmente nos fornecedores em níveis mais baixos da cadeia, os tier 2 e 3, ou os fornecedores no País não conseguirão recuperar a rentabilidade perdida”, resumiu Stephan Keese, sócio-diretor da consultoria Roland Berger.

Antes de ouvir os cases das duas raridades brasileiras do setor, o consultor apresentou dados bem mais duros sobre a competitividade do setor. Nos últimos cinco anos, os salários subiram, em média, 8,8% nas montadoras e 8% nos fornecedores. A margem de lucro antes de impostos e custos financeiros caiu para 6,5% em 2012 no conjunto das empresas da cadeia de suprimentos. Em dez anos, o valor da hora trabalhada nas linhas de produção cresceu 239%, enquanto os ganhos de produtividade avançaram apenas 21%.

“O problemas não é o salário alto, o que não pode é a produtividade tão baixa. Em países como Alemanha e Itália o custo da mão-de-obra também é elevado, mas lá esse custo é compensado com ganhos de produtividade nos processos industriais e com a agregação de valor aos produtos, coisa que não acontece no Brasil”, avalia Keese.

Para o consultor, somente com uma abordagem holística do negócio, buscando ganhos de produtividade em todas as áreas, com maior automação e investimento em novos produtos, as empresas de autopeças conseguirão sair do buraco no Brasil. É exatamente o que fazem Sabó e Iochpe-Maxion.


Fonte: Automotive Business

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

FÁBRICA DE CAMINHÕES DA MERCEDES-BENZ EM WORTH, NA ALEMANHA, COMPLETA 50 ANOS

Mais de 3,6 milhões de veículos foram produzidos até hoje naquela que é considerada a maior fábrica de caminhões do mundo.

Foi em 1º de outubro de 1963 que a fábrica de veículos comerciais de Wörth deu início à produção de cabines. Hoje, um em cada dois caminhões da Mercedes-Benz registrados na Alemanha é produzido na cidade que fica a 25 quilômetros de Berlim. Considerada a maior fábrica de caminhões do mundo, essa unidade já foi responsável pela produção de mais de 3,6 milhões de veículos em 50 anos. Os pesados são fornecidos para 150 países ao redor do mundo e a fábrica emprega cerca de 12 mil funcionários.

Além dos veículos da família Actros, Arocs, Axor, Antos e Atego, em Wörth, a Daimler fabrica os caminhões especiais Mercedes-Benz, que incluem as linhas Unimog, Econic e Zetros. Mais de 100.000 veículos são fabricados nessa unidade por ano. Com cerca de 480.000 metros quadrados, a planta de Wörth produz 470 caminhões por dia.

Na virada do século 21, Wörth tornou-se palco de uma iniciativa de remodelação inédita adotada pela Mercedes-Benz no segmento de veículos comerciais. Foi neste mesmo cenário que, em 1996, o caminhão pesado Actros, totalmente redesenhado, fez sua estreia. Dois anos mais tarde, a companhia apresentou os modelos de caminhões da linha Atego. E em 2001, foi o lançamento da produção em série do novo caminhão pesado Axor, ideal para os setores de transportes de longa distância e para transportes pesados de curto percurso.

O alto nível de competência na produção de veículos comerciais foi aprimorado desde 2008 com o estabelecimento da central de desenvolvimento e testes para caminhões.
Desde 2011, a Mercedes-Benz tem usado o momento de transição para a norma de emissões Euro VI, a fim de desempenhar maior ofensiva no desenvolvimento de veículos comerciais no histórico da Empresa, que também envolvia uma revisão ampla do portfólio de produção de Wörth.

Após 50 anos, Wörth mantém o espírito fortalecido de quem nasceu e venceu os primeiros dias turbulentos de meados dos anos 1960. É isso que faz a maior fábrica de caminhões do mundo ser especial e extraordinária.


Fonte: Assessoria de Imprensa Mercedes-Benz

RADARES VÃO CONTROLAR CAMINHÕES NA LINHA VERDE, EM CURITIBA

Em testes durante duas semanas, equipamentos não vão emitir multas.

A partir desta quarta-feira (09/10), a Secretaria de Trânsito de Curitiba vai começar a monitorar os caminhões que trafegam pela Linha verde, com o uso de radares. De acordo com uma portaria municipal, veículos que pesem mais de 7 toneladas são proibidos de trafegar no trecho, das 7h às 10h e das 17h às 20h, em dias úteis.

Conforme a prefeitura, o trabalho será feito pelos radares que já existem na Linha Verde. Além de verificar o tamanho dos caminhões, os equipamentos também podem identificar se o veículo está trafegando nas faixas corretas. Nos fins de semana, o tráfego de caminhões é liberado sem restrições. Contudo, os veículos devem andar apenas nas faixas central e da direita.

Nas próximas duas semanas, essa função dos radares será executada em regime de testes e os caminhões não serão multados. Contudo, após os testes, as multas podem ser aplicadas. Quem infringe a regra comete infração considerada média e leva quatro pontos na carteira. O valor da multa é de R$ 85,13.

Segundo a Prefeitura de Curitiba, a medida surgiu a partir de um pedido da população que trafega pelo trecho. Segundo os moradores, muitos caminhões infringem a regra e passam no local nos horários proibidos. Durante esses horários, os caminhões devem circular apenas pelos contornos norte, sul e leste.


Fonte: G1

PÓSITRON LANÇA RASTREADOR DESCARTÁVEL PARA CARGAS

Sistema oferece duas opções de baterias com duração de 30 ou 45 dias.

A Pósitron, divisão de produtos de rastreamento da PST Eletronics, lança no mercado nacional um novo tipo de solução tecnológica em segurança eletrônica para cargas: batizado de Rastreador Descartável, o principal diferencial está na duração da bateria, que pode varia de acordo com a configuração do intervalo de transmissão de sinal: quanto maior o intervalo, maior é a vida útil da bateria, podendo chegar a 45 dias de duração. Há possibilidade de recarga.

“O novo produto chega ao mercado em três tamanhos e será vendido em dois pacotes de 30 e 45 dias de validade. Com isso, o frotista poderá escolher qual é a melhor dimensão do rastreador, levando em conta o tipo de carga que ele está transportando”, explica José Tabone Júnior, gerente de negócios da unidade de Rastreamento da Pósitron. 

De fácil instalação e com ocultação do módulo, o Rastreador Descartável possui sistema de comunicação via rede celular GSM/GPRS, comunicação por radiofrequência integrada na placa, no caso de necessidade de conexões externas, além de tecnologia LBS, que estima a posição do veículo. O sistema também oferece acompanhamento via internet.


Fonte: Automotive Business

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

EMPLACAMENTO DE CAMINHÕES JÁ CRESCEU 13,6% EM 2013

Apenas em setembro, 12.717 unidades foram licenciadas no País.

Dados divulgados pela Anfavea na última sexta-feira (04/10), revelam que o mercado de caminhões está aquecido. Segundo os números apresentados, apenas em setembro foram emplacadas 12.717 unidades, alta de 48,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Quando comparado ao mês de agosto, no entanto, há uma leve queda de 3,9% nos resultados.

Considerando os nove meses deste ano, o segmento cresceu 13,6% em relação ao mesmo período de 2012. Entre janeiro e setembro foram licenciados 115.097 caminhões, contra 101.317 unidades em igual época do ano passado.

Por marca, MAN e Mercedes-Benz continuam liderando o mercado de caminhões com a comercialização de 3.289 e 3.214 unidades, respectivamente. Em seguida aparecem no ranking as marcas Volvo (1.746), Ford (1.697), Scania (1.584), Iveco (912), International (37), Agrale (27), CAOA Hyundai (11).


Fonte: O Carreteiro

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

RODOVIAS DO PARANÁ TERÃO MAIS RADARES AINDA ESTE ANO

Treze equipamentos serão instalados em rodovias não pedagiadas.

Até o fim do ano, o Paraná deve ganhar 20 novos radares nas rodovias federais que cortam o estado. Treze deles serão instalados pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em estradas não pedagiadas. Três serão de responsabilidade da concessionária Autopista Litoral Sul na BR-376, que liga Curitiba até Santa Catarina. Outros quatro ficarão a cargo da Autopista Régis Bittencourt na BR-116, entre Paraná e São Paulo. 

Já a Autopista Litoral Sul ressalta que também irá realizar a substituição de outros dois equipamentos na BR-376. Segundo a assessoria da concessionária, o prazo para conclusão da instalação e homologação dos dispositivos é de seis meses.

Os radares, fixos, ostensivos e com display externo para fácil visualização do usuário, irão fotografar e informar a velocidade registrada pelo veículo. Porém, no momento não há nenhum radar em funcionamento devido à implantação do novo sistema.

Os equipamentos serão instalados nas proximidades da Curva da Santa – trecho considerado perigoso. Em novembro do ano passado, por exemplo, um acidente nas proximidades do local provocou a morte de sete pessoas. Dados da concessionária mostram que nos pontos em que serão implantados novos radares já foram registrados de janeiro a agosto deste ano 89 acidentes.

No entanto, a concessionária informa que a implantação dos redutores de velocidade depende não somente do número de acidentes registrados no local, “mas de uma combinação de fatores”. Esses motivos podem ser a velocidade praticada pelos motoristas, se o local é uma área urbanizada ou próxima a acessos.

A concessionária salienta que outras ações para reduzir o número de acidentes já foram realizadas, como a sinalização especial na região de Serra do Mar e a implantação da área de escape no km 671,1 da BR-376 e de 21 passarelas em todo o trecho concedido. 

Já a Autopista Régis Bitten­court está implantando 18 unidades de radares fixos do tipo ostensivos e integrados, distribuídos ao longo do trecho entre São Paulo e Curitiba. A implantação dos equipamentos será concluída até o final de 2013. No trecho do Paraná, serão quatro pontos.


Fonte: Gazeta do Povo

METADE DAS REFORMADORAS DE PNEUS NÃO TÊM REGISTRO NO INMETRO

Das 1,3 mil empresas que atuam neste segmento, apenas 679 possuem registro.

Uma pesquisa realizada pela ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus) aponta que desde novembro do ano passado, quando terminou o prazo de adequação à Portaria nº 444 da RAC (Regulamentação de Avaliação da Conformidade) para pneus de carga (caminhões e ônibus) e passeio (automóvel), menos de 50% das Unidades Reformadoras obtiveram o registro no INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

Embora seja uma obrigatoriedade prevista em lei para realizar o serviço, das 1,3 mil reformadoras de pneus do Brasil, cerca de 600 não estão registradas para exercer a atividade aos consumidores, ou seja, menos de 50% das empresas, segundo informações da ABR.

Sem a regulamentação as reformadoras de pneus não poderão exercer suas atividades e estarão sujeitas a advertências e multas previstas em lei, além de que, essas empresas, por terem custos menores, concorrem deslealmente com empresas corretas causando riscos ao consumidor, que pode utilizar um produto sem nenhum critério de segurança.


Fonte: O Carreteiro

VENDAS DO VW CONSTELLATION 24.280 8X2 CRESCEM 50%

O caminhão VW Constellation 24.280 8x2 registrou um aumento de 50% em suas vendas no período de janeiro a agosto de 2013 frente ao mesmo período do ano passado. Em 2012, foram 538 unidades comercializadas no período. Já este ano, o modelo alcançou o patamar de 810 novos veículos no mercado, número muito próximo do volume total de 2012 (812 caminhões vendidos). 

O grande diferencial desse veículo é a possibilidade de transportar mais cinco mil quilos de carga líquida com o segundo eixo direcional. Além da expansão para segmentos em que ainda não era tão utilizado, a nova legislação com controle mais rígido de horário de operação do motorista contribui para esse crescimento nas vendas. Cada vez mais, se requer uma maior rentabilidade por viagem, objetivo que pode ser atingido com o segundo eixo. Entre os novos nichos explorados estão a operação como basculante e também o mercado de transporte de containeres.

ATRIBUTOS CONTRIBUEM PARA VENDAS MAIORES

Com mais cinco mil quilos de carga útil, o VW Constellation 24.280 8x2 segue a principal demanda de mercado: melhoria de rentabilidade e aumento da carga útil. Possui originalmente tração 6x2, e com a mudança para 8x2, o cliente tem aumento de peso bruto total (PBT) do veículo de 23.000 Kg para 29.000 Kg legais, além do ganho na carga líquida. Com essa configuração, o caminhão se torna ideal para aplicações rodoviárias de médias e longas distâncias, com uso de carrocerias para grãos, baús, tanques, cargas secas, entre outras.

Para que isso seja possível, a MAN Latin America conta com a parceria da BMB, empresa responsável pelas modificações mais específicas da montadora, localizada a 150 metros da fábrica. Sua linha de montagem, dividida em boxes, é ideal para atender as necessidades mais específicas dos clientes da Volkswagen. A MAN Latin America oferece ainda garantia de fábrica de um ano independente da quilometragem.


Fonte: Comunicação MAN Latin America

RADAR FALSO NÃO INTIMIDA MOTORISTAS NA FERNÃO DIAS EM SP

Concessionária disse ter até 2014 para instalar os radares eletrônicos.

O excesso de velocidade tem sido responsável por acidentes graves na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte. Do começo do ano até esta quarta-feira (02/10), 42 pessoas morreram em acidentes só no trecho paulista da rodovia. Catorze dessas mortes foram provocadas por motoristas que trafegavam acima da velocidade permitida, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

A imprudência dos motoristas está ligada também à falta de fiscalização eletrônica na rodovia. Embora possuam placas indicando a presença de radares e até as estruturas metálicas, as câmeras de fiscalização não funcionam.

Imagens mostram caminhões que trafegam de maneira imprudente pela rodovia, que tem 592 km de extensão, sendo 90,4 km em território paulista. Um motorista de um carro de passeio disse à Polícia Rodoviária Federal que um caminhão em alta velocidade o ultrapassou.

Os policiais interceptaram o caminhão na região de Bragança Paulista e pediram para ter acesso ao tacógrafo, que registra a velocidade do veículo. O motorista não reconhece que estava acima da velocidade, mas o equipamento o denuncia. Apesar disso, o policial não aplica uma multa alegando que a legislação não prevê autuações em função do registro feito apenas pelo tacógrafo.

Em Vargem Grande, porém, o motorista de um caminhão é autuado por trafegar com velocidade incompatível com a sinalização da via. Ele bateu em um carro que aguardava a abertura de uma cancela.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que a instalação desses equipamentos é de responsabilidade da concessionária que administra a rodovia. Já a operação é de responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal.

A concessionária Arteris disse que, por contrato, ela tem até fevereiro de 2014, o final do 6º ano de concessão, para instalar os radares. Ela disse que deve cumprir esse prazo.

A Polícia Rodoviária Federal espera, então, a instalação dos radares fixos para começar a multar e frear os motoristas imprudentes. A polícia vai distribuir, a partir desse mês de outubro, medidores de velocidade móveis e portáteis para estradas federais de todo o país, incluindo São Paulo.


Fonte: G1

DUNLOP INAUGURA FÁBRICA NO BRASIL

Investiu R$ 750 milhões com a expectativa de atender 10% do mercado de reposição.

A Dunlop, marca de pneus do grupo japonês Sumitomo Rubber Industries, inaugurou na quinta-feira, 3, sua primeira fábrica nas Américas. A unidade, que começou a ser erguida em fevereiro de 2012, está instalada em terreno de 500 mil metros quadrados (84 mil de área construída) no município de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (PR). 

Com a chegada de novos fabricantes de veículos no Brasil, altos custos de fretes e de impostos de importação, além da valorização do dólar, o conglomerado nipônico decidiu investir com capital próprio cerca de R$ 750 milhões na planta, deixando de ser apenas vendedor para tornar-se também produtor brasileiro. 

A princípio, são feitos no Paraná somente pneus para carros de passeio, SUVs e vans, dois modelos da própria Dunlop (SP Touring e Le Mans 704, com aros de 13 e 14 polegadas) e outro da marca Falken - também do grupo, mas de alta performance. Saem atualmente da linha de produção, com 540 funcionários em três turnos de trabalho, em torno de 1,5 mil deles por dia. Até o fim do ano, serão 2 mil diariamente. Em 2014, 8 mil. E em 2015, com 1,5 mil trabalhadores, 15 mil pneus. 

VENDAS 

Todos serão vendidos, em uma primeira fase, apenas no mercado de reposição, que gira em torno de 30 milhões de pneus por ano, e no qual o grupo pretende conquistar 10% de participação antes de 2020. Já está sendo negociado o fornecimento para montadoras - que consomem mais de 20 milhões de pneumáticos por ano no Brasil – com conversa avançada com quatro delas. Mas isso só acontecerá depois de 2015, após atingir o ápice de produção. 

Segundo Renato Baroli, gerente comercial e de marketing da Dunlop, até 2011, apenas importando, a marca tinha 2% de participação no segmento de leves no aftermarket brasileiro. Hoje, com o anúncio da fábrica, já detém 6% de market share com leves e 4% com veículos comerciais. O executivo prevê que a Dunlop encerre 2013 com 1,6 milhão de pneus vendidos para ambos os segmentos. 

“O Brasil é o quarto maior mercado de veículos do mundo. As previsões apontam para um crescimento de 4% ao ano nas vendas internas de automóveis. Serão cerca de 5 milhões de carros de passeio rodando no País em 2020. O mercado de pneus para leves deverá aumentar 5% ano a ano, chegando a uma demanda de 70 milhões de pneus em 2020. Tudo isso fez o grupo Sumitomo ver que vale a pena investir no Brasil e competir com (a líder) Pirelli, Bridgestone, Continental, Goodyear, Michelin e também com os importados”, afirmou Baroli, durante o evento de inauguração. 

A Dunlop, de acordo com o gerente, tem 14 distribuidores exclusivos espalhados pelo Brasil. Até o fim do ano, a rede deverá chegar a 50 lojas padronizadas com a identificação da marca. Em 2015, o grupo espera contar com 150 pontos de vendas de pneus de passeio e 20 “truck centers” no País. 

OUTROS SEGMENTOS 

Para o futuro, os planos incluem a produção de pneus Dunlop para caminhões, atualmente importados. “Nós temos grande interesse em fabricar para este segmento, que corresponde a 20% das vendas totais de pneus no Brasil. Em 2020, deverão circular 200 mil veículos comerciais por aqui, quando a demanda por pneus para este mercado já ultrapassará 12 milhões de unidades”, revelou Baroli. 

O gerente diz que a própria planta paranaense poderá ser aproveitada para a fabricação diária de pneus de caminhões. “Não seria necessária a construção de novo prédio. Em uma área de 18 mil metros quadrados, conseguimos fazer 15 mil pneumáticos a mais”, explicou. 

Está descartada, por enquanto, a produção de pneus para motos. “Não compensaria fazer um alto investimento. A Pirelli e a Levorin já lideram o fornecimento para motocicletas de até 150 cilindradas. Nossa estratégia será importar futuramente, ainda sem data definida, pneus radiais para motos que tenham entre 150 e 600 cilindradas. Mas eles não serão produzidos no Brasil.” 

A Dunlop está confiante de que seus pneus para veículos leves conquistarão os consumidores, tanto pela qualidade do produto, quanto da fábrica onde são feitos. Baroli diz que um grande diferencial da planta é a presença do sistema “Tayo”, adotado em 100% da linha de produção e que já havia sido implementado em unidades do grupo no Japão e na Tailândia. Ele permite, com oito etapas produtivas (duas a menos do que usam as demais marcas), fazer pneus radiais com carcaça sem emenda. Como resultado, segundo o executivo, os pneumáticos saem mais uniformes, leves e proporcionam direção mais estável. 

“Há a necessidade de suprir uma demanda por pneus de melhor desempenho nas fábricas brasileiras de carros, tendo em vista o compromisso das montadoras de desenvolver veículos mais eficientes por causa do novo regime automotivo, o Inovar-Auto. Nosso produto fará diferença nesse sentido”, aposta Baroli. 

Cerca de 80% da matéria-prima do pneu Dunlop são compradas no Brasil. Valnei Andretta, gerente de compras da marca, diz que o indíce não é maior porque o País só consegue produzir 30% da demanda nacional de borrachas. Pouco mais de 1% vem da Amazônia e os 29% restantes, principalmente do interior de São Paulo e de Minas Gerais. O executivo revelou que a Dunlop e o governo do Paraná, com a ajuda de pequenos produtores rurais, iniciaram o cultivo de seringueira no norte do Estado para a produção local de borracha.


Fonte: Automotive Business