Há cerca de dois anos, a Régis Bittencourt – via conhecida como “Rodovia da Morte” – passou a oferecer outra ameaça aos profissionais carreteiros: o furto e saque de cargas.
Apenas para se ter uma ideia da situação na estrada, em 2011, foram registrados ao longo da rodovia 140 roubos e 187 furtos de carga. O levantamento foi feito pelo Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) com base em dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo.
A entidade não dispõe dos números de 2012, pois o convênio que tinha com a SSP foi encerrado neste ano. Porém, segundo o coronel da reserva do Exército Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança do Setcesp e da Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo), o número de furtos e saques permanece alto e o quadro da rodovia é considerado atípico.
Ainda de acordo com Souza, este perfil não é comum em outras rodovias, onde, normalmente, há, em média, entre 90% e 95% de roubos à mão armada e pouquíssimos furtos. A Régis Bittencourt é uma rodovia que, diferentemente de todas as outras, apresenta em sua totalidade de delitos quase 60% de furtos contra 40% de roubos.
O Coronel também explica que o problema é considerado mais crítico, no trecho que vai do km 337 ao km 343, entre os municípios de Juquitiba e Miracatu, onde são realizadas obras de duplicação da rodovia. Com o afunilamento da via devido a interdições, os motoristas de caminhão são obrigados a reduzir a velocidade e até mesmo a parar, o que propicia os saques.
Procurada, a Autopista Régis Bittencourt, concessionária que administra o trecho da BR-116 entre São Paulo (SP) e Curitiba (PR), afirmou que as obras no trecho, iniciadas em julho de 2010, têm previsão para terminar em outubro deste ano.
Fonte: R7