A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou um estudo com os impactos projetados sobre a cadeia logística com a Lei n 12.619, que determinou uma série de medidas a serem adotadas pelos motoristas e que tem causado reclamações de empresas do setor.
A chamada “lei do caminhoneiro”, que entrou efetivamente em vigor hoje, regula a profissão do motorista, empregado ou autônomo, obrigando-o a descansar 30 minutos a cada quatro horas de rodagem, respeitar uma hora diária para almoço e repousar por 11 horas a cada 24 horas trabalhadas, entre outras determinações.
Segundo a NTC, todas as operações de transporte sofrerão “aumentos significativos e inevitáveis” em seus custos por conta da queda na produtividade, com redução do número de viagens e o aumento da quantidade de veículos. Os prazos de entrega, hoje ajustados em contrato ou prometidos comercialmente, ainda devem ser alongados.
A associação calcula um aumento aproximado de 56% do prazo. Estudos técnicos realizados pelo departamento de custos operacionais e pesquisas técnicas e econômicas (Decope) da NTC indicam que o aumento médio da nova lei nos custos operacionais é de 15% somente na operação de carga fracionada.
Nas operações de carga lotação (quando a carga ocupa a totalidade da capacidade do veículo), a alta média dos custos corresponde a 28,92%. O estudo também apontou queda de produtividade da ordem de 37,5%, com a redução no número de viagens por mês, nas distâncias longas.
Fonte: Valor Econômico