quinta-feira, 8 de novembro de 2012

CAMINHÕES: VENDAS PODEM TER RECUPERAÇÃO DE 14% EM 2013


Expectativa da Fenabrave aponta para o licenciamento de 160 mil unidades no ano.

A Fenabrave, federação dos distribuidores de veículos, espera que, em 2013, as vendas de caminhões recuperem parte do volume perdido este ano. Alarico Assumpção, diretor-executivo da entidade, projeta aceleração em torno de 14%, para cerca de 160 mil unidades. “Ainda assim, ficaremos atrás do recorde de mais de 170 mil emplacamentos registrado em 2011”, lembra. 

Segundo ele, a realização dessa expectativa depende do desempenho da economia. A perspectiva se baseia na projeção da MB Associados de que o PIB crescerá 3,5%. “Além disso, também esperamos que a safra de grãos seja maior. Isso vai demandar mais caminhões, que são responsáveis por mais de 75% dos fretes do País”, explica. As projeções da entidade para este ano apontam para vendas de 139,8 mil caminhões, com retração de 19% na comparação com 2011. 

Conforme antecipado por Automotive Business, em outubro as vendas de caminhões começaram a mostrar reação e chegaram a 12,5 mil unidades, com crescimento de 48,1% sobre o resultado fraco de setembro e retração de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Houve elevação de 27,9% na média diária de vendas em relação a setembro, para 570 caminhões/dia. 

No acumulado dos 10 meses do ano foram emplacados 112,6 mil veículos do segmento, com retração de 21,5% na comparação com o mesmo intervalo de 2011. Desse total, Assumpção estima que apenas 40 mil veículos são Euro 5, respondendo por cerca de 35% do total licenciado no ano. O volume restante é de modelos Euro 3 produzidos até o fim do ano passado e emplacados principalmente na primeira metade de 2012. 

A reação registrada no mês passado é reflexo da redução das taxas de juros do BNDES/Finame para 2,5% ao ano. Anunciada no fim de agosto, a medida demorou entre 30 e 45 para impactar nos licenciamentos. “É esse tempo necessário para readequar alguns contratos fechados com a taxa anterior”, explica.

Fonte: Automotive Business