Empresa entrega planejamento da fábrica ao governo de Santa Catarina.
O investimento da Sinotruk para a construção de sua primeira fábrica no Brasil poderá ultrapassar R$ 1 bilhão no médio prazo, conforme o planejamento e cronograma da fabricante chinesa de caminhões entregue nesta sexta-feira, 27, pelo diretor da empresa no País, Joel Anderson, ao governador e demais autoridades em Lages, Santa Catarina, onde a fábrica será erguida.
Inicialmente, a Sinotruk planeja investir R$ 300 milhões na primeira fase do projeto, que inclui as obras de construção civil, compra e instalação de maquinário para montagem da linha de caminhões pesados A7 em regime de CKD. A fábrica deve começar a operar em 2014.
O valor excedente contemplará, segundo a montadora, investimentos necessários para o desenvolvimento de tecnologia, gestão, distribuição e vendas. Também está previsto erguer no entorno da fábrica um parque industrial de fornecedores para atender os índices de nacionalização do novo regime automotivo.
“Teremos investimentos significativos por parte de parceiros em motores, transmissão, eixos, cabines e demais itens que estarão sendo desenvolvidos na primeira etapa do projeto”, afirma Joel Anderson.
No cronograma, a Sinotruk prevê que entre julho e dezembro deste ano sejam realizadas as aprovações do projeto de fábrica pelos órgãos competentes e a terraplanagem. De janeiro de
Outra área, de 1,2 milhão de metros quadrados dentro do complexo industrial, será destinada ao parque de fornecedores. O governo de Santa Catarina, por meio da SCPar, liberou R$ 15 milhões para a desapropriação e compra da área total de 2,7 milhões de metros quadrados destinada à construção do complexo. Outro incentivo dado pelo Estado foi a postergação da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A produção inicial será de 5 mil unidades ao ano, chegando a 8 mil unidades, segundo o planejamento apresentado. A Sinotruk prevê a geração de 400 empregos diretos e 700 indiretos ligados à cadeia de fornecedores, ainda na primeira etapa. “A demanda de novas vagas dependerá do mercado, por isso esse número pode crescer de forma significativa”, afirma o diretor.
Em três anos de produção, Anderson prevê faturamento superior a R$ 1 bilhão, o que permitirá à empresa projetar novos investimentos.
A produção brasileira abastecerá o mercado interno e o de países vizinhos da América do Sul.