O governo estuda a concessão de benefícios tributários, como cortes no imposto de importação de máquinas e redução de custos de alfândega, para estimular os investimentos da indústria de partes e peças de veículos.
A proposta vai de encontro com a exigência que as montadoras passem a priorizar peças nacionais em suas linhas de produção, em troca de corte no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Os estímulos podem ser anunciados na semana que vem, com o detalhamento do novo regime automotivo.
O setor de autopeças foi um dos mais afetados pelo agravamento da crise internacional. Nos primeiros quatro meses de 2012, o faturamento real (descontada a inflação) teve queda de 12% em relação ao mesmo período de 2011.
No mesmo período, o déficit na balança comercial do setor foi de US$ 1,85 bilhão, alta de 23% na comparação com os primeiros quatro meses do ano passado, segundo dados do Sindipeças (Sindicato Nacional das Indústrias de Componentes para Veículos Automotores).
Ao cortar o imposto de importação de máquinas e equipamentos usados pela indústria para produzir peças, o governo quer incentivar o setor a investir, elevando sua competitividade em relação a fornecedores internacionais.
O governo federal também estuda como pode reduzir custos e a burocracia dos procedimentos alfandegários para importação de insumos.
Fonte: Folha de S. Paulo