O condomínio de fornecedores ao lado da fábrica de caminhões da Iveco em Sete Lagoas (MG) começou a sair do papel. A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), órgão do governo mineiro, proprietária do terreno e que comercializará os lotes às empresas interessadas, deu início às obras de infraestrutura do empreendimento, que ocupa uma área de 156 mil metros quadrados defronte à MG-060, dos quais 95 mil serão dedicados à área industrial e o restante será ocupado pelo sistema viário, área verde, área de equipamento comunitário e urbano (ilha ecológica e tecnológica). A estatal concluiu a fase de licitação do projeto e autorizou a Construtora LAMAR, de Belo Horizonte, a operar as primeiras máquinas de movimentação de terra no local. As obras seguem os rígidos padrões ambientais determinados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).
O prazo previsto para a terraplanagem, abertura de ruas e implantação de rede elétrica, água e esgoto é de aproximadamente 8 meses, e exigirá investimentos na ordem de R$ 9 milhões. Galpões para as instalações dos fornecedores poderão começar a ser construídos antes do término das obras de base. "Isso significa que as atividades dos fornecedores podem iniciar já em meados de 2013", disse Gustavo Comparato, diretor de Compras da Iveco. O condomínio de fornecedores deverá receber, numa primeira etapa, 12 empresas, e a expectativa é que elas possam gerar até 400 empregos diretos. A Iveco emprega hoje 2.500 pessoas.
Para a secretária de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, a implantação do condomínio de fornecedores da Iveco em Sete Lagoas está em linha com a atuação do governo de Minas Gerais. "Além de consolidar Sete Lagoas como o segundo polo automobilístico de Minas Gerais, o condomínio de fornecedores será fundamental para que a Iveco estruture a sua cadeia produtiva e este é justamente um dos principais focos do trabalho do governo do Estado", afirmou a secretária.
"Este é um importante passo na direção de transformar o complexo de Sete Lagoas numa fábrica de caminhões ainda mais produtiva", explica José Manoel Jerez, diretor industrial da Iveco Latin America. Ele lembra que a fábrica está sendo otimizada com a adoção das práticas do WCM (World Class Manufacturing), o moderno processo produtivo adotado pelo Grupo Fiat Industrial. "O condomínio vai aumentar as sinergias e eficiências de todo o sistema de produção". A Iveco produziu 33.700 caminhões naquela planta em 2011, um recorde, além de outras 23.000 unidades do modelo Fiat Ducato.
Com o condomínio de fornecedores, a Iveco quer se beneficiar da racionalização de seu sistema logístico. Hoje, a empresa recebe componentes de diversos Estados brasileiros. Alguns conjuntos são montados pela própria Iveco e só depois instalados nos veículos nas linhas de montagem. A ideia é que estes conjuntos sejam montados dentro do condomínio e que a Iveco já os receberia prontos. Além disso, ganha-se eficiência no transporte. É o caso dos eixos, que já vêm montados de fora de Minas Gerais. Se os componentes destes eixos viessem desmontados, seriam necessários menos caminhões para transportá-los.
As primeiras 12 empresas a se instalarem nesta nova área industrial em Sete Lagoas serão responsáveis pela montagem e entrega à Iveco, em sistema just in time, de componentes como chassi, eixos dianteiros, eixos traseiros, pintura em peças plásticas, montagem de pneus, etc. A montadora ainda pretende contar, entre as empresas ali instaladas, com um fornecedor de serviços de manutenção industrial.
Outra possibilidade é um mode center, isto é, um fornecedor que possa adaptar veículos às necessidades muito especiais de alguns clientes. "Hoje os clientes precisam de caminhões muito específicos e alguns deles poderiam ser finalizados por uma empresa externa, especializada, mas próxima o bastante da Iveco para podermos agilizar e controlar a qualidade desta operação", afirma Comparato.
Fonte: Assessoria de Imprensa Iveco