Os metalúrgicos da fábrica da Volvo Caminhões, em Curitiba, entraram em greve nesta terça-feira após decisão tomada em assembléia geral do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Cerca de 1,5 mil trabalhadores votaram a favor da paralisação por conta de impasse na negociação salarial com a empresa.
As exigências dos trabalhadores inclui aumento salarial de 3%, reajuste no vale-mercado de R$ 220 para R$ 800, e um mínimo de R$ 18 mil na PLR. Em nota à imprensa, a Volvo declarou que a proposta do Sindicato está fora da realidade do mercado. Segundo a empresa, o que foi oferecido já é economicamente coerente, mas mesmo assim, se coloca a disposição para negociar o final da greve.
A proposta da empresa para os trabalhadores é de repetir os mesmos valores do ano passado, que contemplava piso de R$ 15 mil na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e abono salarial de R$ 6 mil, além de 2,51% de aumento real, praticado em 2011.
A Volvo já havia sido informada sobre a possibilidade de greve na última quarta-feira. O SMC havia estipulado ontem (segunda-feira) como prazo para que a empresa se manifestasse sobre as reivindicações de reajustes no pacote de benefícios de 2012, o que, segundo o sindicato, não aconteceu.
A fábrica da Volvo fica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e fabrica ônibus e caminhões para o Brasil, Chile e México. Em 2011, a marca ampliou o número de veículos produzidos no Brasil em 29%. Em cada dia que a fábrica fica parada, em média oito ônibus e 108 caminhões deixam de ser produzidos.
A empresa possui um quadro de aproximadamente 4.100 funcionários e quase dois mil trabalhadores terceirizados, totalizando por volta de seis mil colaboradores. Cerca de metade destes trabalham nas linhas de montagem, enquanto a outra metade é formada por funcionários de cargos administrativos.
