A seca enfrentada pelo Estado do Rio Grande do Sul desde o início do ano tem prejudicado o transporte de cargas pelo meio hidroviário na região. Com a baixa nos rios, tem sido necessário a utilização de pelo menos mais 1,3 mil caminhões por mês para poder suprir toda a demanda do transporte de soja, fertilizantes e areia entre as regiões dos rios Taquari e Jacuí, com o porto de Rio Grande. Na avaliação do vice-presidente de Logística do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Frank Woodhead, o aumento dos veículos pesados nas estradas, 65 caminhões por dia, não causa tantos transtornos ao Estado. No porto de Rio Grande chegam aproximadamente 1,2 mil caminhões ao dia nos períodos de safra.
Enquanto Woodhead não vê problemas com a situação, empresários do setor de navegação enfrentam prejuízos nos negócios. “Além do custo a mais com frete, há transtornos de logística dentro da empresa”, explica o gerente de produção da Camera Agroalimentos, Valdetar Biberg do Nascimento, que embarca em 100 caminhões a carga suportada por uma única embarcação. A Aliança, principal operadora do porto, informou que está deixando de faturar mais de R$ 1 milhão por mês no transporte de cargas pelo rio Taquari.
Fonte: Zero Hora/RS