Categoria solicita aumento do efetivo, por conta de déficit de profissionais.
Na última quinta-feira (09/08), os policiais rodoviários aderiram a greve dos servidores federais. Nas contas sindicais, ao menos 27 órgãos federais foram diretamente afetados, entre greves, suspensão temporária de trabalho ou operações-padrão.
As paralisações já prejudicam o cotidiano da população. Ontem, pelo menos oito estradas ficaram congestionadas por causa de uma fiscalização intensa de veículos. As principais reivindicações da categoria são estruturação da carreira, contratação de efetivo, aquisição de equipamentos e reposição salarial.
Entretanto, de acordo com o Sindicato dos Policiais Rodoviários de Pernambuco (Sinprfpe), a principal queixa da categoria diz respeito a um déficit de profissionais, que seria motivo de sobrecarga dos servidores.
Por causa da inexistência de novas contratações, o policial acaba tendo que se desdobrar. A situação piorou quando perdemos direitos, como o adicional noturno e de insalubridade. “A expectativa de vida dos policiais rodoviários é baixa em consequência do estresse a que somos submetidos, fora a grande quantidade de substâncias tóxicas que inalamos diariamente”, argumenta um dos diretores do Sinprfpe, Frederico França.
Os sindicalistas afirmam, ainda, que o salário de fim de carreira dos policias federais chega a ser 84% maior do que o que ganham policiais rodoviários que exercem funções equivalentes.
“O governo já ofereceu melhorias à Polícia Federal, mas ainda não se posicionou diante das nossas reivindicações”, observa França. Na próxima segunda-feira, a categoria faz assembleia para decidir destino da mobilização.
Fonte: Folha de S. Paulo e Jornal do Commercio