Os caminhões em atuação no Porto de Santos e com mais de 30 anos de uso poderão ser substituídos, em breve, com o programa de R$ 45 milhões que o Governo do Estado anunciou nesta quarta-feira, durante a 17ª edição do Acelera SP. Cerca de mil caminhoneiros que prestam serviços há mais de um ano no complexo santista serão beneficiados. É necessário que a documentação do veículo esteja em ordem.
O projeto estadual foi formalizado com a assinatura de um protocolo de intenções entre a Agência de Fomento Paulista e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (Sindicam). O evento aconteceu às 9h30, no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, administrado pelo Concais.
O projeto do Estado – o Programa de Incentivo à Renovação da Frota de Caminhões, o Renova SP – prevê que os caminhoneiros terão acesso a linhas de financiamento com taxas de juros de 5,5% ao ano para trocar seus veículos. O prazo de parcelamento pode se estender por até 96 meses, incluindo a carência de um semestre para começar a pagar.
O motorista que aderir ao programa deve se comprometer a dar a destinação adequada ao veículo antigo. O caminhão terá de ser retirado de circulação e encaminhado para a reciclagem em centros especializados.
“O objetivo é estimular a aquisição de veículos menos poluentes e que possibilitem melhores condições de trabalho aos caminhoneiros que atuam no transporte de cargas na região portuária de Santos”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Paulo Alexandre Barbosa, que participou da cerimônia com o governador nesta quarta-feira.
Tempo de uso
Hoje, o Porto de Santos tem 6 mil caminhões que atuam exclusivamente em sua região, transportando cargas entre o retroporto e o cais. Desses, pelo menos mil têm mais de três décadas de uso. O veículo mais velho do cais foi fabricado em 1954 e, com a mesma idade dele, existem mais de dez. Eles ainda rodam pela Baixada Santista.
O risco de acidentes e os constantes congestionamentos decorrentes de falhas mecânicas são os grandes problemas da idade avançada dos caminhões. E há ainda a emissão de poluentes, que tende a ser maior quando se trata de veículos mais antigos.
Para tentar reduzir a poluição liberada pelos caminhões que trafegam no complexo santista, agentes da Cetesb fiscalizam os veículos. Em caso de excesso de fumaça, são aplicadas multas, que variam de acordo com a gravidade do problema que o veículo causa ao Meio Ambiente.
Fonte: A Tribuna
