sexta-feira, 22 de junho de 2012

ATENÇÃO COM A QUINTA-RODA PODE FAZER TODA DIFERENÇA NA SEGURANÇA DA SUA VIAGEM

Ela faz toda diferença na hora de colocar a carga no caminhão. É, de fato, essencial, quase a protagonista das viagens na boleia. Trata-se de um componente pra lá de especial, a quinta-roda. Uma pequena peça perto da magnitude de um caminhão, que faz o elo entre o cavalo mecânico e a carreta.

Contudo, apesar de sua relevância, o que ainda pouco se comenta é sua função de segurança. Muitos acidentes nas estradas envolvendo caminhão ocorrem devido à falhas técnicas. Como bem lembra,  João Pedro Crespi, gerente executivo da JOST Brasil, “o falso engate não é problema da quinta-roda e sim da operação”.

Para garantir que fabricantes de quintas-rodas não coloquem no mercado um material de procedência duvidosa e, consequentemente, de suposta má qualidade, todas devem obter o Selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para assegurar que são produzidas dentro de rigorosos critérios de segurança – certificação esta que, tardiamente, entrou em vigor em janeiro deste ano, com a publicação da Portaria 236/2008, regulamentando a sua fabricação e os tipos de testes que o equipamento precisa passar. Para a emissão do certificado de Produto Homologado é necessário que a Quinta Roda esteja aprovada nos ensaios e testes de resistência, conforme a norma NBR NM-ISO 8717.

Conforme salienta Alessandro Poletto, gerente de Comércio Exterior da Fontaine Brasil, “um caminhão que puxa 48 toneladas, se tiver um engate de má qualidade, a primeira ação no trânsito em que precisa ter uma decisão defensiva, a carreta pode passar por cima da cabine. A quinta-feira deve garantir a qualidade para a vida do motorista e demais usuários da pista. O Selo do Inmetro garante isso, atendendo toda a legislação de trânsito”.

As quintas-rodas Fontaine são certificadas pelo Inmetro de acordo com a norma NBR NM-ISSO 8717. O modelo 163 CI, produzido no Brasil, foi submetido aos testes nos laboratórios da empresa, nos Estados Unidos, com acompanhamento do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva). O produto possui, ainda, a certificação exigida pela Comunidade Europeia desde junho de 2000.

Atualmente, a companhia é homologada como fornecedora de equipamentos originais para as montadoras Mercedes-Benz, Scania e Volvo e atende a quase todos os fabricantes de implementos rodoviários do país.

O gerente-executivo da JOST Brasil, João Pedro Crespi, complementa a citação de Poletto: “O principal ponto que deve ser observado a partir deste ano é o Selo do Inmetro na quinta-roda. Isso atesta a qualidade do produto”. Até a liberação da portaria do Inmetro não havia nenhuma legislação específica no país.

Com esse sistema de qualidade é possível minimizar a quantidade de acidentes nas estradas. Aliás, esse é outro problema que coloca à prova a quinta-roda: as condições das rodovias brasileiras. A durabilidade de uma quinta-roda é entre 10 a 15 anos, mas em certos casos pode durar apenas dois anos. “Não temos uma cultura de manutenção preventiva, o condutor pode se deparar com uma estrada ruim e prejudicar a quinta-roda”.

Para saber quando a quinta-roda já não está mais em boas condições para utilização, consulte as indicações expressas no manual de instrução de cada fabricante. Além de acompanhar no manual, a checagem deve ser por contato com o equipamento.

Desta forma, inclusive, é possível aumentar sua vida útil; respeitando os limites de peso, lubrificar a peça semanalmente, fazer a limpeza e ajustes de engates, verificar a cada três meses a regulagem do sistema de acoplamento.

Apesar deste produto já estar no mercado há 30 anos com mesmo design, pouco avanço tecnológico foi desenvolvido para a quinta-roda. A Fontaine do Brasil lançou há pouco tempo, inclusive possui patente, uma tecnologia que garante mais segurança e menos acidentes com os caminhões: o sistema de anti-falso engate acoplado à quinta roda. Essa inovação evita que a carreta se desprenda ou ainda que não esteja realmente presa ao caminhão.

Enquanto a alavanca de acionamento não voltar para a posição fechada, o usuário saberá que a peça não está adequadamente acoplada. A alavanca só retorna à posição travada se o sistema estiver engatado, efetivamente.

Marcos Moraes, gerente de Vendas da Fontaine do Brasil, lembra “As pessoas não tem conhecimento da tecnologia que é aplicada no produto, o material, o que está envolvido de tecnologia. O engate deve ser bem efetuado, com movimento rotativo. É de praxe que o caminhoneiro ou funcionário da empresa se preocupe com segurança de engate, manutenção, procedimentos de ajustes, afinal, a quinta-roda puxa um equipamento invariavelmente carregando muitas toneladas”.

Fonte: Brasil Caminhoneiro