Economia e condições de aquisição puxarão emplacamentos e
produção.
A venda de caminhões em
2013 deve crescer 7% em relação a este ano, para em torno de 147 mil unidades.
A estimativa foi divulgada nesta sexta-feira, 7, pela Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“A produção deve ter alta semelhante”, afirma o vice-presidente da entidade,
Marco Saltini. “A expansão também deve ocorrer porque 2012 foi um ano muito
ruim”, recorda o executivo.
A perspectiva positiva para o próximo ano se apoia na expectativa de crescimento de 3% a 4% do PIB. “Ninguém compra caminhão se não houver demanda por fretes”, destaca Saltini, lembrando que a expansão da economia é o grande motor do segmento. O executivo também comemora a extensão do PSI, Programa de Sustentação do Investimento, até o fim de
O governo anunciou que subirá as taxas para 3% ao ano entre janeiro e junho. Já no segundo semestre os juros terão novo aumento para 4% aa. Saltini explica que as novas taxas continuarão interessantes para o cliente e ainda podem resultar em aumento da concessão de crédito pelos bancos repassadores. “Com a taxa em 2,5% os agentes financeiros não tinham tanto interesse em fazer liberações, pois o spread era baixo. Esse ajuste nos juros tornará as concessões mais interessantes para os bancos, que poderão aumentar a aprovação das fichas”, explica.
Segundo ele, com as taxas tão baixas, os financiamento acabava sendo concedido apenas para frotistas maiores, que faziam grandes investimentos. Com a nova formatação, mais lucrativa para o agente financeiro, o crédito pode ficar mais acessível a autônomos, pequenas e médias empresas.
2012
Este ano deve terminar com queda na produção de caminhões de 35% a 40% ante 2012. O recuo nas vendas será menor. Até o fim deste ano devem ser emplacadas cerca de 138 mil unidades, o que resultaria em retração de 20,1% na comparação com o volume do ano passado. A queda só não foi maior porque houve aumento da demanda nos últimos meses do ano, com a redução da taxa do Finame para 2,5% ao ano, anunciada no fim de agosto.
“Antes do anúncio destas condições de financiamento, entre abril e agosto, a média mensal de caminhões emplacados era de 10 mil unidades. Agora este volume subiu para 12 mil ao mês”, diz Saltini, destacando o efeito positivo da medida. Para ele, a “média saudável” para o segmento fica entre 12 mil e 14 mil unidades mensais. Sem arriscar um número, Saltini prevê que o segmento dos caminhões extrapesados é o que mais crescerá em 2013, por causa da safra agrícola recorde.
Em novembro as vendas de caminhões ficaram praticamente estáveis em relação a outubro, com leve queda de 0,1%, para 12,6 mil unidades. O volume é 6,2% inferior ao emplacado no mesmo mês do ano passado. No acumulado de 11 meses os emplacamentos diminuíram 19,5%, para 126,5 mil unidades.
A produção teve retração mais severa no período, de 39,4%, para 123,9 mil caminhões. Considerando apenas o resultado de novembro, o volume foi 6,8% menor do que o do mês anterior e 38,8% mais baixo do que o de o mesmo mês do ano passado, para 11,8 mil unidades.
Ônibus
Os emplacamentos de ônibus somaram 25.921 unidades no acumulado de janeiro a novembro deste ano, resultando em queda de 16,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. A produção do segmento caiu 23,4% no período. A Anfavea, porém, está confiante no mercado porque já há encomendas até o meio do ano. As compras governamentais são o principal impulso desses negócios.
Fonte:
Automotive Business