terça-feira, 11 de dezembro de 2012

SETOR DE CAMINHÕES DEVE CRESCER 7,5%, EM 2013


Em novembro o segmento registrou queda de 6,2% em relação ao ano anterior.

A Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no País, divulgou recentemente balanço referente ao mês de novembro. O setor de caminhões continua com números negativos, porém, segundo a entidade, com expectativa positiva para o próximo ano. Em relação ao emplacamento setor de veículos pesados fechou o mês de novembro com 12.608 veículos, número 0,1% menor que o registrado em outubro e 6,2% a menos do que o computado em novembro de 2011. Entre janeiro e novembro foram emplacados 126.545 caminhões, resultando em uma retração de 19,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado.

As exportações também registraram queda. Em novembro foram enviadas 36.536 veículos contra 41.797 no mês anterior provocando queda de 12,6%. O resultado negativo é ainda maior quando se compara a novembro de 2011 quando foram exportadas 55.793 (queda de 34,5%). Foram produzidas 11.822 unidades em novembro, 6,8% a menos que as 12.685 produzidas em outubro.

Segundo Cledorvino Belini, presidente da associação, o mercado de caminhões, afetado neste ano pela transição de tecnologia para veículos menos poluentes, mostrará reação em 2013, com um crescimento esperado entre 7% e 7,5% - acima do mercado total, incluindo carros e ônibus, que, nas contas da Anfavea avançará entre 3,5% e 4,5%.

Nesta semana, o governo anunciou que os juros nos financiamentos de bens de capital pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuarão abaixo da inflação, com taxa de 3% ao ano a partir de janeiro. Para Belini, a medida abre um horizonte de longo prazo para os investimentos das empresas. O incentivo tinha término previsto para o fim deste mês.

Depois do recuo de 1,5% previsto para a produção em 2012 - a primeira queda em dez anos -, a Anfavea prevê um aumento de 4,5% na atividade das montadoras em 2013. Segundo Belini, essa evolução será possível devido ao cenário mais favorável de estoques, restrições para as importações de carros e a chegada de novos fabricantes ao país. O executivo, por outro lado, disse estar cético sobre uma manutenção do IPI reduzido nas vendas de carros. O incentivo tem término previsto neste mês.

Fonte: Valor Online