quarta-feira, 22 de abril de 2015

BRASIL RECOLHEU 22,9 MILHÕES DE PNEUS NO TRIMESTRE

Até o fim do ano, fabricantes do setor investirão R$ 105 milhões em reciclagem.

A pneus impróprios para circulação ou reforma, recolheu e deu novo destino no primeiro trimestre a 114,5 mil toneladas de pneumáticos. A quantidade equivale a 22,9 milhões de pneus de carros de passeio. 

“Prevemos investir 5% a mais que no ano passado, atingindo R$ 105 milhões em 2015”, afirma Alberto Mayer, presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) e da Reciclanip. Com o investimento os fabricantes vão superar a meta definida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

Desde 1999, quando começou o trabalho, a Anip recolheu o equivalente a 623 milhões de pneus de passeio. Segundo a entidade, os fabricantes instalados no Brasil investiram R$ 724 milhões no programa. 

“Esperamos que os importadores independentes também cumpram sua meta, o que não ocorreu nos anos anteriores e criou um passivo ambiental superior a 150 mil toneladas não recolhidas por eles”, diz Mayer. O executivo recorda que a melhor forma de evitar o problema, que cria uma competição desleal, seria a criação de uma taxa cobrada na primeira venda de qualquer pneu, importado ou produzido no Brasil, dividindo assim o custo da operação de coleta e destinação por toda a cadeia. 

“Essa é a forma adotada na Europa e que entre nós está prevista nos acordos setoriais”, explica Mayer. Os recursos da Reciclanip são utilizados principalmente para os gastos logísticos, que hoje representam mais de 60%. O restante é utilizado para os custos operacionais.

Os pneus recolhidos se transformam em combustível alternativo para as indústrias de cimento, em solados de sapato, borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos, pavimentação e tapetes. 

DESTINAÇÃO DOS PNEUS EM 2014

Combustível – 69,7%; 
Material granulado – 17,8% (aproveitado em pisos e gramados, produção de artefatos de borracha, asfalto-borracha e construção civil);
Material laminado – 6,0%;
Aço recuperado – 6,5%.


Fonte: Automotive Business