Categoria está se mobilizando para tentar reverter cobrança.
A cobrança do chamado eixo suspenso de todos os caminhões
que cruzam as rodovias do Estado de São Paulo desagradou que atua no mercado de
transportes. O preço do frete pode aumentar e grupos de caminhoneiros autônomos
devem fazer protestos contra a cobrança.
"Não acho justo cobrar pelo eixo suspenso quando o
caminhão está vazio", afirmou o presidente do Setcesp (Sindicato das
Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), Manoel Souza Lima
Júnior. "O impacto que o caminhão causa na rodovia quando está vazio é
muito menor do que quando está cheio. Por isso dá para suspender um ou dois
eixos. Por que pagar o mesmo valor de pedágio, então?"
Ao justificar a medida, o governador Geraldo Alckmin lembrou
que a cobrança de todos os eixos já é adotada nas rodovias federais e em outros
lugares do mundo. "No mundo inteiro você cobra pelo tamanho do caminhão.
No nosso caso, é por eixo. Aqui, o caminhoneiro suspende o eixo e acaba não pagando."
Lima Júnior, por sua vez, afirma que a maior parte das
cargas circula por rodovias estaduais e o aumento no preço do frete é
inevitável. "Vamos aguardar a publicação da portaria para conversar com o
governador. Temos uma pauta de reivindicações que inclui a redução do pedágio.
Não somos contra a tarifa, mas o pedágio em São Paulo é muito
caro."
O impacto dessa medida deve ser ainda maior para os
caminhoneiros autônomos. Em geral, o pedágio da ida, quando o veículo está
cheio, é pago por quem contratou o serviço. O pedágio da volta, quando a
carreta está vazia, é de responsabilidade do próprio motorista. E é justamente
o pedágio da volta que ficará mais caro com a cobrança do eixo suspenso.
Fonte: O Estado de S. Paulo