Veículos comerciais pesados exerceram maior influência na formação do índice geral, aponta IBGE.
A produção industrial brasileira recuou 3,5% no acumulado entre janeiro e setembro na comparação com igual período de 2011, com taxas negativas em dezesseis dos 27 ramos investigados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada na quinta-feira, 1º. Entre as atividades, a de veículos, exerceu a maior influência negativa na formação do índice geral, com queda de 15,4%.
Segundo o IBGE, o setor automobilístico foi pressionado pela redução na produção da maioria dos produtos pesquisados, aproximadamente 85%, com destaque para menor fabricação de caminhões, ônibus, além de motores diesel para caminhões. A lista inclui ainda automóveis e autopeças.
Outros setores também contribuíram com a queda da atividade industrial, entre eles, o de aparelhos e equipamentos de comunicações (-16,3%), máquinas e equipamentos (-4,1%) e metalurgia básica (-4,8%).
Por outro lado, entre as nove atividades que registraram avanço na produção, as principais influências sobre o total da indústria ficaram com os setores de refino de petróleo e produção de álcool (4,3%), outros produtos químicos (3,9%) e outros equipamentos de transporte (7,7%), impulsionados principalmente pela maior produção de gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis.
Já na categoria de uso, o IBGE apurou queda de produção de 12,4% em bens de capital, pressionados também pela menor fabricação de maquinário para transportes, principalmente caminhões, ônibus e motores diesel. Em bens de consumo, houve retração de 6,2%.
No comparativo mensal, a atividade industrial brasileira registrou queda de 1% sobre agosto. Sobre setembro de 2011 o recuo foi de 3,8%.
Fonte: Automotive Business