terça-feira, 9 de outubro de 2012

RECALL DO SEM PARAR PERMITIRÁ REDUZIR GASTOS COM PEDÁGIOS

Motoristas que contam com o sistema no Estado de São Paulo terão de realizar a troca dos dispositivos no próximo ano.

Os caminhoneiros que contam com o sistema Sem Parar para pagamento de pedágios nas estradas do Estado de São Paulo terão de realizar a troca dos dispositivos de cobrança eletrônica das tarifas no próximo ano.

O chamado “recall do Sem Parar” promoverá a substituição dos aparelhos - os tags ou etiquetas eletrônicas - atuais por novos equipamentos adaptados ao novo sistema de pagamento Ponto a Ponto, que prevê a cobrança de pedágio equivalente à distância percorrida pelo veículo na via.

As concessionárias no Estado terão até o começo de 2013 para adequar suas operações, mas os usuários terão um prazo mais longo para fazer a mudança: até o final de 2014, segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

A troca deve mobilizar os proprietários dos cerca de 2,5 milhões de veículos que possuem tags ativos registrados em São Paulo. O número equivale a pouco mais de 10% da frota, mas representa 49,1% dos pagamentos de pedágios feitos hoje nas estradas paulistas.

Além de permitir uma redução nos gastos com pedágio, já que o motorista vai pagar proporcionalmente ao que efetivamente rodou na rodovia, a nova modalidade também promete reduzir as despesas com os equipamentos. Os tags do Sem Parar, implantado há mais de 11 anos, empregam a frequência 5,8 GHz e utilizam bateria. Além disso, têm de ser trocados a cada quatro anos, ao preço de R$ 66,72 por veículo. Os novos, de 915 Mhz, não exigem baterias e custarão cerca de R$ 3, podendo até ser distribuídos gratuitamente, de acordo com a Artesp. Além disso, os veículos fabricados a partir de 2014 já sairão de fábrica com o novo tag.

O sistema deve entrar em fase de testes a partir deste mês na SP 360, entre Jundiaí e Itatiba, com a instalação de um pórtico e de antenas na praça de pedágio tradicional. Também está previsto projeto piloto do Ponto a Ponto na SP 75, com oito estruturas de leitura entre Campinas e Sorocaba, além de estradas das regiões de Jaguariúna e Paulínea.

Para exemplificar as vantagens do novo sistema, a Atersp afirma que pedágio localizado no km 60,8 da SP 75, em Indaiatuba, cobra R$ 10,10 pelos R$ 70,5 quilômetros disponíveis. Com o Ponto a Ponto, quem sair de Indaiatuba para Campinas pagará apenas R$ 4.

Como funciona:

Ao longo da estrada, uma série de pórticos com antenas faz a leitura da passagem dos tags, identificando o veículo e registrando a cobrança por trecho percorrido. O valor será debitado do usuário. Hoje, o pagamento é determinado pela simples passagem pelo posto do pedágio, que cobra uma tarifa única pela utilização da rodovia.

A população receberá o tag gratuitamente?

Durante o projeto piloto, os tags serão adquiridos pelo Estado e disponibilizados sem custos aos usuários que fizerem a adesão ao projeto piloto. Os postos de instalação serão divulgados no sites do governo do Estado, na imprensa local, pela Atersp, pela concessionária e por meio de banners e faixas na rodovia.

Quem poderá aderir durante os testes?

NA SP 360, os moradores de alguns bairros de Itatiba. Na SP 75, somente os moradores das sete cidades diretamente afetadas pelo trecho do projeto piloto: Indaiatuba, Cabreúva, Campinas, Itu, Porto Feliz, Salto e Sorocaba. É preciso ter veículos licenciados nesses municípios.

Quem não fizer parte do projeto poderá passar pelo pórtico sem medo de ser cobrado?

Sim, para aqueles que não fizerem parte do piloto, a cobrança se mantém como é hoje.

Fonte: Cartola/Terra