segunda-feira, 24 de novembro de 2014

GOVERNO REMANEJA R$ 3 BILHÕES EM CRÉDITO PARA PESADOS

Crédito do PSI para caminhões e ônibus tem novo limite de R$ 122,6 bi.

O governo aumentou o crédito para o financiamento de veículos pesados - caminhões e ônibus - disponível pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI) a partir do remanejamento dos limites determinados para cada segmento beneficiado pelo programa, mas sem alteração no valor total, que permaneceu em R$ 402 bilhões.

A Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), ligado ao Ministério da Fazenda, que altera os limites foi definida na sexta-feira, 14, mas divulgada só na segunda-feira, 17. “A razão dessa alteração é haver alguns programas com menor disponibilidade orçamentária e outros com maior”, informa a medida.

O remanejamento propõe R$ 3 bilhões a mais para o limite de crédito destinado ao financiamento de veículos pesados, saltando de R$ 119,6 bilhões para R$ 122,6 bilhões, sendo o setor que demandou a maior diferença. O limite para bens de capital – demais itens, denominado conforme a resolução nº 4.170 de 2012, aumentou R$ 2,5 bilhões, de R$ 122,9 bilhões, para R$ 125,4 bilhões.

Por outro lado, bens ligados à inovação tiveram seu limite reduzido pela metade, para R$ 4,8 bilhões. Bens de capital – denominados como demais itens para micro, pequenas e médias empresas também tiveram seu limite reduzido em R$ 300 milhões, para R$ 42,1 bilhões, conforme tabela divulgada pelo Ministério da Fazenda:


A decisão reflete a maior necessidade de recurso pelo segmento de veículos pesados, em especial nesta última reta dos negócios para o ano, uma vez que as fabricantes têm até o dia 21 deste mês como prazo final para efetuar as vendas sob a taxa de juros atual de 6% a.a. antes que sejam definidas as regras do Finame PSI que devem vigorar em 2015.

Criado em 2009 e operado por meio de repasses de recursos do BNDES para a rede de financeiras e bancos, o PSI subsidia a aquisição de bens de capital com condições diferenciadas e juro baixo a fim de estimular a produção, bem como a inovação tecnológica.


Fonte: Automotive Business