Estado concentra
apenas 2% das ocorrências nacionais.
Dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) atestam que 82% dos roubos
em rodovias do país foram registrados no Sudeste, se concentrando
principalmente nos estados de São Paulo (7.958 casos – 52,4%) e Rio de Janeiro
(3.300 ocorrências – 23,3%). O Paraná corresponde a pouco mais de 2%. Mesmo
assim, os representantes de empresas ligadas ao transporte estimam que o
prejuízo total com o roubo de cargas chegue a R$ 23 milhões neste ano.
Gilberto Antonio Cantú, presidente do Sindicato das Empresas
de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), explica que
recentemente foi regulamentada a Lei n.º 16.127 de 2009, que prevê a cassação
da eficácia da inscrição junto ao Cadastro de Contribuintes do ICMS, dos
estabelecimentos que forem flagrados comercializando, adquirindo, distribuindo,
transportando, estocando ou revendendo produtos oriundos de cargas ilícitas,
furtadas ou roubadas. “A regulamentação da lei foi somente um passo, mas ainda
falta muito para chegarmos a uma situação segura nas estradas”, comenta.
Entre os produtos roubados estão alimentos, cigarros,
eletroeletrônicos, remédios, produtos químicos, têxteis e metalúrgicos,
autopeças e combustíveis. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 21%
dos veículos de carga furtados não são recuperados. “Apesar das estatísticas
mostrarem que as ocorrências para este tipo de crime só vêm aumentando em todo
o país ao longo dos anos, nada foi feito até agora para diminuir estes dados.
Basta nos lembrarmos de uma lei nacional de 2006, chamada Lei Negromonte, que
criou mecanismos para reprimir esses crimes. Infelizmente ela segue sem
efeitos, porque ainda não foi regulamentada”, desabafa Cantú.
Fonte: Carga Pesada