Estudo realizado em maio deste ano pela Visa e a Opinion
& Evolution Pesquisas apontou que 7% dos pagamentos a carreteiros são
feitos por meio de carta frete e 27% por meio de cheques, sejam para autônomos
ou empregados. No total, o estudo concluiu que 33% dos pagamentos ainda são
gerenciados por meio de papel como dinheiro em espécie. A negociação por carta
frete foi proibida pela Lei 12.249, sancionada pelo Governo Federal e publicada
no Diário Oficial dia 14 de junho de 2010.
Ainda de acordo com a lei, os
contratantes de transportadores autônomos deverão pagar pelo transporte através
de depósito bancário, crédito em conta corrente ou ainda pelo sistema oficial
definido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O texto
alterou as disposições da Lei 11.442 - responsável por disciplinar o transporte
rodoviário de cargas no Brasil- e propôs outras formas de remuneração aos
autônomos para facilitar a comprovação de renda, formalizar o pagamento dos
motoristas e acabar com a prática do "caixa 2", sonegação de encargos
sociais e impostos.
Um dos produtos disponíveis no
mercado para o pagamento eletrônico a carreteiros é o Visa Cargo. Lançado há
cinco anos, o produto representa 32% dos pagamentos a carreteiros, sendo que o
cartão tem 49% de penetração entre os autônomos e 15% entre os motoristas
empregados. Percival Jatobá, diretor executivo sênior de Produtos da Visa do
Brasil, afirma que desde que foi lançado, o Visa Cargo vem revolucionando o
mercado de fretes, trazendo controle do fluxo de caixa, eficiência e redução de
custos aos transportadores e embarcadoras.
O mesmo estudo apontou ainda que o
cartão frete que os motoristas mais costumam receber é o Pamcard Bradesco Visa
Cargo, com 70% das menções. Na opinião de Jatobá, o carreteiro está conquistando
aos poucos sua inclusão financeira e, consequentemente, sua inclusão social,
além de sentir-se mais seguro em receber e pagar suas despesas na estrada
usando apenas o cartão. A pesquisa revelou também que 52% dos autônomos dirigem
caminhões com mais de 14 anos de uso. “Isso pode ser explicado pela dificuldade
em motoristas proprietários de seus veículos conseguirem comprovar sua renda e
obter um financiamento”, concluiu Jatobá.
Fonte: O Carreteiro