Rota é responsável pela distribuição de produtos da Zona Franca de
Manaus
Um
estudo do Decope (Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e
Econômicos) da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística
(NTC&Logística) aponta que o custo do frete entre Manaus/AM e São Paulo/SP
acumula uma defasagem de 34,7% para um conjunto cavalo mecânico tracionando uma
carreta de três eixos.
Segundo
a entidade, a rota rodo-fluvial entre as duas cidades é responsável pela
distribuição de grande parte dos produtos fabricados na Zona Franca e na
capital paulista. O trajeto tem 2,9 mil km de estradas e, somado ao transporte
por balsa, totaliza seis mil km, que exigem quase um mês de viagem.
Os
custos relativos aos veículos e à balsa representam 78% do valor total da
viagem. O restante equivale a tributos e despesas administrativas.
Conforme
o assessor técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, se a viagem
tem custo de R$ 36 mil, os transportadores estão conseguindo cobrar
aproximadamente R$ 24 mil. “Com um movimento de renegociação, será possível
recuperar até 15% desses valores. Mas é uma situação difícil porque tem linhas
que operam neste trajeto que precisam prestar o serviço e acabam oneradas em
razão desta defasagem”, explica. No entanto, ele pondera que grandes empresas
poderão reduzir os serviços no percurso para reduzir o prejuízo
financeiro.
A
entidade considera necessária a recomposição dos valores para evitar que o
transporte de cargas no percurso fique estagnado e que o serviço seja prestado
abaixo do padrão de qualidade.
Fonte:
Agência CNT de Notícias