Aumento maior do número de veículos
teria se dado a partir de 2012, devido a incentivos e expectativa de
crescimento da economia.
Segundo
dados divulgados quarta-feira (22), em Brasília, durante a reunião do Grupo 3
que integra o Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas (Fórum
TRC), a frota brasileira de caminhões tem 350 mil veículos a mais do que
a demanda necessária. O número foi apresentado por entidades convidadas para
fazer uma análise das rodovias brasileiras e da frota nacional de transporte
rodoviário de cargas.
Dados
apresentados pelo Grupo, apontam que o aumento expressivo no número de
caminhões lançados no mercado foi mais intenso a partir de 2012, justamente no
período em que houve uma retração do PIB, causando, em grande parte, a crise
por que passa o setor, com um endividamento estimado em 40 bilhões de reais.
De
acordo com analistas, os programas de incentivo para a compra de caminhões
novos, como o Finame e Procaminhoneiro aliados à expectativa de crescimento da
economia, a com boas margens de lucro para o setor de transporte, são as
principais razões que levaram o mercado a uma euforia.
O
presidente da CNTA, Diumar Bueno, que participa do Grupo 3, acredita que é
preciso analisar detalhadamente todos os itens para compensar os prejuízos da
crise no transporte de cargas. “Em períodos como esse, precisamos ver com uma
lupa todos os fatores que compõem o transporte de cargas. Grandes medidas são
necessárias, mas não bastam, porque pequenas soluções precisam se somar para
que o setor se recupere e que os caminhoneiros, principalmente os autônomos,
consigam prosseguir com suas atividades sem perder seus veículos, os foram
adquiridos com muito sacrifício”, concluiu.
Fonte:
O Carreteiro