Porcentual é pouco menor do que a queda verificada em
caminhões.
As vendas de implementos rodoviários de janeiro a novembro deste ano
apresentaram recuo de 10,27% com relação ao mesmo período do ano passado. Em 11
meses as empresas do setor entregaram 144.722 unidades, incluindo rebocados e
implementações sobre chassis, contra 161.286 em idêntico intervalo de 2013. Os
dados foram divulgados na quinta-feira, 4, pela Anfir, a associação dos
fabricantes de implementos.
Diretamente ligado às vendas de veículos comerciais, as compras de implementos recuaram em ritmo pouco menor do que as de caminhões, cuja queda acumulada de janeiro a novembro chega a 12% na comparação co 2013. Também houve recuo do porcentual de declínio dos negócios de implementos, que era de quase 11% em 10 meses de 2014 e passou a 10,27% em 11. A redução, no entanto, é vista pela Anfir como muito pequena para indicar alguma reação do mercado. “Estatisticamente infelizmente essa alteração não representa melhora no desempenho dos negócios do setor”, explica Alcides Braga, presidente da entidade.
O segmento pesado, de reboques e semirreboques, apresentou pior resultado negativo, com retração nas vendas de 18,39% de janeiro a novembro de 2014 sobre 2013. A indústria entregou no período 51.445 veículos rebocados, ante 63.038 no mesmo período do ano passado.
No segmento leve, de carroceria sobre chassis, segurou o declínio dos negócios em patamar menor. Houve queda de 5,06% nas vendas, foram vendidos 93.277 produtos, ante 98.248 no mesmo período de 2013.
À ESPERA DO FINAME/PSI
A Anfir defende a regulamentação mais rápida possível das novas condições de juros e da parcela financiável de implementos rodoviários via Finame/PSI será benéfica para o setor. “A definição das regras ainda este ano é importante para o mercado poder se programar, definindo melhor seus investimentos”, diz Mario Rinaldi, diretor executivo da entidade.
O presidente da Anfir entende que, como está em curso uma troca de equipe no Ministério da Fazenda, seria interessante a adoção de uma política intermediária de financiamento no Finame/PSI. “Poderia ser adotada a extensão do atual programa até 31 de março, por exemplo, de maneira a dar mais tempo à nova equipe para analisar o programa e seus efeitos no mercado. Dessa forma os negócios não sofreriam paralisia”, avalia Braga.
Fonte: Automotive Business