Medidas como restrição de circulação e de carga e descarga
em vias ou áreas, rodízio de placas, horários e tamanho e peso dos
veículos, entre outros itens, já estão presentes em mais de 100 municípios
brasileiros. O levantamento é NTC&Logística e aponta também o impacto sobre
o setor do transporte, como, por exemplo o aumento de 19,7% nos custos
com substituição da frota de VUCs por utilitários. Ainda de acordo com o
levantamento, a ampliação do turno de trabalho de motoristas e ajudantes
representou elevação dos custos em 18% e a operação noturna em 16,5%.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), Gilberto Cantú, somente as restrições não resolvem o problema dos congestionamentos e trânsito intenso. “Os caminhões acabam representando uma pequena fração do trânsito nas grandes cidades. Restringir ainda mais a circulação dos veículos não resolve o problema, somente prejudica os transportadores”, opinou.
O presidente do Setcepar acrescenta
que os grandes centros brasileiros estão com dificuldades em conciliar o
trânsito de pessoas e cargas no mesmo espaço, já que apresentam crescimento
desordenado, falta de planejamento, baixo investimento em transporte coletivo
de passageiros e falta de infraestrutura. “Só que isso não pode recair somente
em cima dos transportadores”, declarou.
Entre as cidades que possuem
restrições estão São Paulo, São Luiz, Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Porto
Alegre, Natal, Manaus, Maceió, Macapá, Goiânia, Fortaleza, Florianópolis,
Curitiba, Cuiabá, Campo Grande, Boa Vista, Belo Horizonte, Belém, Aracaju,
dentre outras.
Fonte: O Carreteiro