Trabalhadores rejeitaram em votação as propostas feitas pela
montadora.
Os metalúrgicos da Volvo permanecem em greve desde sexta-feira.
A paralisação ocorre em protesto contra a decisão da fabricante por encerrar o
segundo turno da produção da fábrica, criando um excedente de 600
trabalhadores. Na segunda-feira, 11, ocorreu uma reunião no Ministério Público
do Trabalho entre a fabricante e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande
Curitiba.
Segundo a entidade que reúne os trabalhadores, a Volvo manteve como alternativa às demissões as propostas feitas em 7 de maio (entre elas a redução de 50% no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados, PLR, e o reajuste apenas com reposição da inflação para salários). Se aceitas, as medidas preservariam os empregos até dezembro. De um total de quase 1,5 mil votos, 1.143 foram contrários. A Volvo se queixa de a votação só ter incluído metalúrgicos sindicalizados, que representam apenas 40% dos trabalhadores.
De acordo a entidade que representa os trabalhadores, a proposta foi rejeitada pelo temor de os empregos serem cortados no fim do ano, quando termina a estabilidade proposta pela montadora. A Volvo emprega 4,2 mil trabalhadores na unidade paranaense. No acumulado de janeiro a abril a empresa teve queda de 56,5% nas vendas de caminhões e de 12,8% nos chassis para ônibus.
Fonte: Automotive Business