Estas rodovias registraram o maior aumento de mortes no
Estado.
Estreitas, com poucos pontos de ultrapassagem, esquecidas
por planos de implantação de radares, malconservadas e fora dos processos de
duplicação. A soma de fatores de risco, segundo a Polícia Rodoviária Federal e
especialistas, tornou as pouco conhecidas 251, 364 e 365 as rodovias federais
que cortam Minas onde houve maior aumento de mortes entre 2012 e 2013. Ao
contrário das demais, a 251 apresentou também alta na média mensal de acidentes
(+11%) e feridos (28%). Os dados são da PRF.
De forma geral, oito das 21 rodovias monitoradas pela
corporação tiveram proporcionalmente mais óbitos em acidentes no ano passado,
até novembro, na comparação com todo o ano anterior. A BR-251 chegou a
registrar 40,9% mais vítimas por mês, uma média de 6,2 pessoas que perdem a
vida a cada quatro semanas, contra 4,4 óbitos em 30 dias em 2012. Em seguida
vêm a 364, com 14,2% mais vítimas, e a 365 (11,3%.) As mortes de dezembro ainda
não foram computadas.
Duas das rodovias onde as mortes dispararam, a 251 e a 365,
se encontram no Norte de Minas, na cidade pólo de Montes Claros. Segundo o
inspetor Nilmar Silva Ferreira, da PRF da região, o trecho mais crítico da 251
é a serra de Francisco Sá, entre o km 470 e o km 480, uma sequência de curvas
numa área de declive acentuado, onde os acidentes são constantes.
A BR-365 foi revitalizada há poucos meses, mas ainda tem
trechos perigosos onde o fluxo rodoviário e o urbano de Montes Claros entram em conflito. O número
absoluto de mortos nesse período de 2013 é maior na 381 (261) e na 040 (213),
vias que apresentaram variação menor de mortes por mês, superando em 3% e 5,4%,
respectivamente, a quantidade de pessoas que morreram em batidas e
atropelamentos em 2012.
O Dnit informou que existe um projeto de restauração para
reforço e alargamento de pontes, viadutos, pista, melhorias em interseções e
trechos de duplicação previstos para a BR-251, mas que ainda precisa ser
aprovado e licitado. O órgão não informou sobre melhorias nas demais rodovias.
Fonte: Estado de Minas