Com 750 cavalos, o FH 16 750 faz bonito até no Autódromo de
Interlagos.
Seu motor de 16 litros e 750 cavalos é o mais potente que
qualquer caminhão de série pode ter no mundo. De tão grande, o veículo impõe
respeito até parado. Na hora de andar, vida mansa para o motorista, nada de
pedal de embreagem: a transmissão i-Shift de 12 marchas permite trocas
sequenciais ou automáticas. Assim é o Volvo FH 16 750, trazido da Suécia para o mercado
brasileiro desde o fim do ano passado pelo preço sugerido de R$ 1 milhão - o
que faz dele também o caminhão mais caro do mundo.
No Autódromo de Interlagos, Automotive Business conferiu de perto o bom desempenho e conforto desse cavalo mecânico fabricado
Falar do desempenho nas curvas do miolo do circuito seria bobagem, já que foram todas feitas muito devagar, por segurança, mas é na junção, onde começa a subida em direção à reta dos boxes, que este Volvo prova a vantagem de ter um motor de grande cilindrada. São 16 litros, que resultam no colossal torque de 3,5 mil newtons/metro, suficientes para puxar até 250 toneladas de carga.
Durante o evento em Interlagos, até mesmo jornalistas habituados a avaliar caminhões desciam da cabine rindo sozinhos depois do test drive, satisfeitos com a novidade. A repórter de uma emissora de TV repetiu algumas vezes que era mais fácil dirigir aquele Volvo do que seu carro. Entre os recursos há até suspensões pneumáticas ajustáveis por controle remoto.
Depois de vencer os degraus até a cabine, o motorista encontra muito espaço e altura útil de 2,1 metros. Na parte de trás da cabine, um beliche garante o descanso nas paradas.
“O novo modelo FH foi lançado na Europa no segundo semestre e nós o trouxemos para a Fenatran”, afirma o gerente de engenharia de vendas, Álvaro Menoncin. “É um modelo 8x4, ideal para transporte de cargas indivisíveis. Sua Capacidade Máxima de Tração (CMT) é de 250 toneladas”, recorda.
O FH 16 750 é apropriado para o transporte de turbinas, transformadores, componentes para plataformas de exploração de petróleo e maquinário para a indústria de base, por exemplo. Inclusive, o modelo dirigido já tem dono e vem carregando vigas para a construção do monotrilho da zona sul da cidade de São Paulo.
“Já vendemos mais de 15 unidades. Nosso projeto inicial é vender 30. Isso pode ocorrer no primeiro semestre ou até o fim de 2014”, afirma o diretor de caminhões da Volvo no Brasil, Bernardo Fedauto. “Ele será necessário em obras de infraestrutura. É um mercado que exige alta potência e capacidade de tração.”
DESEMPENHO DA COMPANHIA EM 2013
O ano que terminou foi de recuperação para os caminhões, que experimentaram retração em 2012 com a entrada em vigor do Proconve P7. Em 2013, o setor se recuperou e a venda de caminhões pesados cresceu 34,5%. Nesse segmento a Volvo teve o segundo maior volume de vendas, com quase 15 mil unidades, atrás apenas da Scania, que se aproximou das 18 mil.
Fonte: Automotive Business