Concessionária disse ter até 2014 para instalar os radares
eletrônicos.
O excesso de velocidade tem sido responsável por acidentes
graves na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte. Do começo
do ano até esta quarta-feira (02/10), 42 pessoas morreram em acidentes só no
trecho paulista da rodovia. Catorze dessas mortes foram provocadas por
motoristas que trafegavam acima da velocidade permitida, segundo a Polícia
Rodoviária Federal.
A imprudência dos motoristas está ligada também à falta de
fiscalização eletrônica na rodovia. Embora possuam placas indicando a presença
de radares e até as estruturas metálicas, as câmeras de fiscalização não
funcionam.
Imagens mostram caminhões que trafegam de maneira imprudente
pela rodovia, que tem 592 km de extensão, sendo 90,4 km em território paulista.
Um motorista de um carro de passeio disse à Polícia Rodoviária Federal que um
caminhão em alta velocidade o ultrapassou.
Os policiais interceptaram o caminhão na região de Bragança
Paulista e pediram para ter acesso ao tacógrafo, que registra a velocidade do
veículo. O motorista não reconhece que estava acima da velocidade, mas o
equipamento o denuncia. Apesar disso, o policial não aplica uma multa alegando
que a legislação não prevê autuações em função do registro feito apenas pelo
tacógrafo.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse
que a instalação desses equipamentos é de responsabilidade da concessionária
que administra a rodovia. Já a operação é de responsabilidade da Polícia
Rodoviária Federal.
A concessionária Arteris disse que, por contrato, ela tem
até fevereiro de 2014, o final do 6º ano de concessão, para instalar os
radares. Ela disse que deve cumprir esse prazo.
A Polícia Rodoviária Federal espera, então, a instalação dos
radares fixos para começar a multar e frear os motoristas imprudentes. A
polícia vai distribuir, a partir desse mês de outubro, medidores de velocidade
móveis e portáteis para estradas federais de todo o país, incluindo São Paulo.
Fonte: G1