TransExpo reuniu cerca de 30 empresas do setor de transporte
em MS.
Ocorreu neste fim de semana, entre os dias 23 a 25 de maio, a 1ª TransExpo Latin America, feira internacional do transporte de carga que reuniu cerca de 30 empresas ligadas ao setor no Centro de Convenções Albano Franco, em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.
Essa espécie de “Fenatranzinha” foi organizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog MS), presidido por Cláudio Cavol.
“Todo o mês partem de nosso Estado cerca de 30 mil carretas. Destas, 23 mil vão para os portos de Santos e Paranaguá carregando soja, farelo de soja ou milho”, afirma Cavol.
Também há transporte de cana e açúcar refinado. Embarques regulares de carne partem de Mato Grosso do Sul, entram na Argentina por Foz do Iguaçu e seguem em direção ao Chile: “São cerca de 50 carretas por mês”, estima o presidente da Setlog. A economia de Mato Grosso do Sul vem chacoalhando o mercado de caminhões. “Em 2014, as transportadoras devem comprar entre 5 mil e 6 mil extrapesados e um número semelhante de implementos rodoviários”, afirma o presidente da entidade, que estima crescimento anual das transportadoras entre 6% e 7%.
As fabricantes DAF, Ford, International, Iveco, MAN Latin América, Mercedes-Benz, Scania e Volvo estiveram no evento por intermédio de concessionários de Mato Grosso do Sul. O revendedor Ford Dorival Oliveira levou ao evento um F-350 e fez a festa. Só no sábado fez mais de 20 pré-vendas do modelo, que a montadora começa a entregar em agosto.
“Até o fim da feira devo vender 30 unidades. Esse caminhão (a linha F, formada também pelo F-4000) representava 40% das minhas vendas, é muito bom que esteja voltando”, diz Oliveira. Além do F-350, Oliveira mostrava também parte da linha Cargo, como o 1119.
Artur Lima Júnior, gerente-geral do revendedor DAF de Campo Grande, Caiobá Trucks, vê com uma ponta de otimismo o momento atual. Todos estamos sofrendo por se tratar de uma marca nova, com uma rede nova, mas nosso Estado é agricultor e é o que menos vai sofrer”, diz ele sobre os atuais efeitos do momento econômico nas vendas de caminhões.
Fabricantes de implementos rodoviários como Noma, Guerra, Facchini, Randon, Rodoking, Rossetti, Rodotécnica e Ibiporã também montaram estandes na feira. “De 2010 para 2013, o volume da Noma dobrou”, afirma o diretor-presidente da companhia, Marcos Noma. Segundo o executivo, as diferentes safras em regiões distintas do Brasil reduzem hoje os efeitos da sazonalidade e permitem maior constância na produção de implementos.
“Há períodos de safra nas regiões Sul, Centro-Oeste, no Estado da Bahia. Os transportadores migram conforme o período de colheita de cada região”, diz Noma. Em 2013, dos 7,5 mil implementos que a companhia vendeu em todo o País, o Centro-Oeste ficou com 3,5 mil. Destes, 500 foram adquiridos em Mato Grosso do Sul, segundo o executivo.
A empresa tem 54 revendedores em todo o Brasil e presença importante no transporte de grãos de Mato Grosso do Sul. “Quarenta por cento das vendas são de carretas tradicionais, com três eixos, e os outros 60% se dividem em rodotrens e bitrens”, diz o executivo. A companhia produz também equipamentos de alumínio, cujo menor peso resulta em aumento da capacidade de transporte de grãos. “A presença do alumínio ainda é pequena, cerca de 5% dos graneleiros”, diz Marcos Noma.
Fonte: Automotive Business